Em entrevista na iniciativa Tourism Talks, organizada pela agência de comunicação Message in a Bottle, Luís Leote, administrador da Herdade do Touril, na Zambujeira do Mar, manifestou a sua apreensão com a atual conjuntura que se vive a nível mundial, principalmente porque ninguém sabe quando é que as coisas poderão voltar ao normal nem qual será a normalidade que irá exisitir, o que obriga os empresários do setor a tomar decisões sem saberem como será o futuro.
No seu caso, assume que há um ponto que o leva a ser um pouco mais otimista, a situação geográfica, visto a Herdade do Touril se situar em pleno Alentejo. “Continuamos sem saber se vamos ter um Verão ou não vamos ter um Verão”, desabafou.
No entanto, deixa uma nota positiva “Nós, no Alentejo, ainda vamos tendo a esperança de que estando mais isolados, não havendo tantas pessoas, será um tipo de turismo que os visitantes vão procurar”, até porque “em unidades pequenas, como turismos rurais, imagino que conseguem ter mais a sensação de segurança”.
Considerando que “nas grandes cidades a recuperação vai custar mais”, alerta para o medo de que “quando todos começarem a abrir portas venha a existir uma guerra de preços e todos comecem a baixar preços” porque “tem que haver mais vida para além deste ano e temos que ter essa capacidade e essa visão”,
Não importa o que aconteça, Luís Leote tem uma certaza, “nada vai voltar a ser como antes. Não vamos, de maneira nenhuma, voltar ao pico em que estávamos e que já era um excesso”.