Na sequência das queixas por se acharem descriminados, apresentadas por alguns clubes ligados à prática desportiva do futebol, incidindo no agravamento das taxas cobradas por parte da Associação de Futebol de Évora no que toca às camadas jovens, sempre que esses mesmos clubes não inscrevam as equipas seniores na associação. O Presidente da AFE declarou à Rádio Campanário. “Eu sei perfeitamente, já há quatro anos que a gente tem o mapa das taxas para clubes que não participem nos campeonatos distritais da Associação ou nos Campeonatos Nacionais da Federação ou da Liga.” Segundo António Pereira sempre que isso não acontece “as taxas de formação são aumentadas” já que a associação “cobra uma taxa inferior ao valor que é paga à arbitragem por cada jogo realizado.
O valor da inscrição das equipas seniores cobre ´´essa arbitragem e ao mesmo tempo sobra uma percentagem que nós aplicamos na formação.” Na opinião de António Pereira os Clubes inscritos na associação “não podem“ ser eles a pagar a formação de equipas jovens a clubes que tenham os seniores “inscritos noutros campeonatos.”
Para além da taxa aplicada na inscrição dos Seniores e à taxa por jogo, às equipas juvenis é actualmente cobrada uma taxa de 30 euros por cada jogo efectuado, “se a equipa não tiver seniores em nenhuma competição paga 35 euros, se a equipa tiver seniores noutra competição,” (no Inatel) “paga 80 euros.”
“Um clube que não tem seniores é porque não os consegue fazer” e só tendo equipas juvenis na associação acabam por ser beneficiados com o pagamento “de uma pequena diferença para ver se eles começam a ter seniores.” Questionado se não considerava haver uma penalização aos clubes que façam a sua inscrição no Inatel das equipas seniores e sobre a razão que levava as equipas a se inscreverem na Associação e se isso estava interligado aos custos praticados, António Pereira disse que, “ os custos não são assim tão diferentes daquilo que as pessoas anunciam, já la vai o tempo em que um jogador sénior na AFE custava 150 euros.” Esse custo tem vindo a ser reduzido, “neste momento esse jogador paga 110 euros” de inscrição.
Ao que a radio Campanário apurou o Inatel cobra uma taxa única por inscrição, não havendo mais qualquer taxa por jogo, quanto a isso António Pereira disse. “O Inatel lá sabe com o que se há-de cozer para funcionar assim, eu não percebo como é que o estado tem dinheiro para dar ao Inatel e não tem dinheiro para dar à formação do futebol federado.”
Actualmente cada clube paga À AFE uma taxa de 140 euros por jogo em casa, sobre a possibilidade de ser uma taxa muito elevada António Pereira concordou que é mas que “é impossível” cobrar uma taxa menor devido ao facto de no ano de 2016 a Associação ter aumentado o número de equipas participativas para 20, “cada vez há mais equipas a disputar campeonatos da associação, de todos os escalões.” Sendo 14 as equipas inscritas na Liga Carmim e 10 na Divisão de Honra.
Quanto hás queixas dos clubes, António Pereira diz, que o problema é as pessoas não irem “às assembleias gerais e só se preocupam com o cantinho deles, tem que se lembrar que a Associação é de todos os clubes que estão filiados na mesma. “
Já que os clubes não podem inscrever as camadas jovens no Inatel e perante esse condicionamento aos clubes, António Pereira acrescentou que não estamos “a condicionar ninguém, os clubes abalam e nem sequer se preocupam em saber quanto é que custa, ou como se faz. Se os clubes falarem com a associação chegam a uma solução para resolver as coisas.”
Sendo a “lei clara” a AFE já informou a Federação que irá decorrer um campeonato no Distrito de Évora organizado pelo Inatel e está à espera que seja analisada a informação entregue. Há dois anos atras já ocorreram negociações para a introdução de uma cláusula contratual entre o Inatel e a AFE que voltou “à estaca zero” até ao “momento já existiram duas reuniões entre as partes interessadas numa tentativa de resolver o problema do Inatel, passando o “problema” pela existência de muitos jogadores de futebol sem que estejam federados. “A Federação Portuguesa de Futebol neste momento tem um rácio de 2,8% da população deste país a jogar futebol e a média do rácio na Europa é de 3,2%.” Sendo dessa forma necessário um acordo “para que essas ligas funcionem sobre a alçada da Federação”.