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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Afirmar os valores do 25 de abril é fundamental e a AR assinalar a data era imprescindível como um sinal que a democracia funciona e tem de continuar a funcionar” diz à RC Carlos Pinto de Sá (c/som)

Em declarações à RC, Carlos Pinto de Sá, Presidente do Município de Évora, explica como vão ser as comemorações do 25 de abril na cidade e dá ainda a sua opinião sobre as comemorações desta data na Assembleia da República.

Em Évora as comemorações do 25 de abril vão acontecer na noite de hoje, dia 24, e no dia 25 com um momento de manhã e outro à tarde. Hoje “vamos comemorar o 25 de abril, infelizmente não na rua como é normal e como é uma tradição fortíssima em Évora, mas vamos comemorar com um programa de rádio que se inicia às 22 horas da noite”, afirma o autarca.

No dia 25 haverá da parte da manhã um programa de rádio e “às 15 horas da tarde temos o cantar de Grândola a partir do edifício da Câmara”. No entanto, o Presidente explica que neste momento solene apenas estarão presentes os “vereadores e os representantes de forças políticas”, sendo que “naturalmente com todas as questões de segurança” e será apenas um momento “simbólico”, explica.

Relativamente às celebrações do 25 de abril de 1974 na Assembleia da República (AR), Carlos Pinto de Sá vê o momento como uma “questão clara”.

Afirma que a AR sempre tem funcionado mesmo estando o país em Estado de Emergência e que este estado “não pode suspender as liberdades, não pode suspender a democracia, é claro que limita muito e impõe restrições que são preocupantes e por isso é que houve alguma polémica em relação ao avanço para o estado de emergência”, pois na sua opinião “havia outras formas de garantir as mesmas medidas de segurança”.

Vê as celebrações na AR não apenas como “uma boa decisão, mas como uma decisão fundamental para afirmar a democracia num tempo em que volta o populismo e as ideias autoritárias e xenófobas e em que se joga com medo das pessoas para fazer proliferar essas ideias. Julgo que afirmar os valores do 25 de abril, da liberdade, de tolerância, do tratamento igual a todos, do desenvolvimento é fundamental. E a AR assinalar o 25 de abril, julgo que era imprescindível como um sinal que a nossa democracia funciona e tem de continuar a funcionar”.

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