No próximo ano os agricultores deverão pagar menos pela água de Alqueva.
O anúncio surgiu esta semana, em Beja, através do Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, onde esteve presente numa reunião do Conselho para Acompanhamento do Regadio de Alqueva.
No entanto para que tal venha a acontecer são necessárias “uma série de conquistas”.
Em declarações à Rádio Campanário, o presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), Pedro Salema refere que “a decisão da fixação do preço do tarifário de Alqueva, cabe sempre à tutela, ao Governo, que tem esse poder de fixar esse tarifário. À EDIA a responsabilidade que cabe, é gerir bem o empreendimento e na política de gestão, encontrar formas de otimizar custos, que é baixá-los o mais possível e melhorar o nível de serviço prestado aos seus clientes, e é isso que nós temos vindo a trabalhar”.
Acrescenta que “há uma linha de trabalho que aposta muito na redução dos custos fixos através do aumento da escala do empreendimento e aí estamos a falar na expansão, nomeadamente dos 47 mil hectares que já temos identificados e que estamos a projetar em detalhe para infraestruturar, assim que tivermos obtido o financiamento e depois também noutra linha muito importante, que é a otimização da nossa fatura energética, aquilo que pagamos, pela imensa quantidade de energia, que somos obrigados a consumir, para bombar e distribuir a água. Se conseguirmos uma série de conquistas, nestas duas áreas, nós vamos baixar o custo e podemos recomendar ao Governo que baixe o preço, que é nessa linha que estamos a trabalhar”.
Sobre os custos da energia, Pedro Salema expressa que estão em curso “muitas ideias e projetos, que se eles a vierem a ser concretizados como projetamos, haverá condições para baixar este preço”.
Questionado sobre o valor que está a ser praticado, o presidente da EDIA afirma que “o preço foi fixado em 2010 e varia entre os cerca de nove cêntimos para o fornecimento em alta pressão e os cerca de cinco cêntimos para o fornecimento em baixa pressão (…) por metro cúbico de água fornecida”.
Instado sobre se existem agricultores para absorver a ampliação de mais 47 mil hectares, Pedro Salema diz que “a expansão nasce do pedido dos agricultores, é inequivocamente sim, todas estas zonas que identificamos, somam 47 mil hectares, tem pedidos formalizados na EDIA”.
Sobre o projeto candidatado ao Plano Juncker, que contempla a ampliação em 47 mil hectares do perímetro de rega de Alqueva até 2020, um investimento de 213 milhões de euros está neste momento a ser negociado com o Banco Europeu de Investimento.