Depois de dois anos de seca intensa, em especial na região do Alentejo, os prejuízos sentidos na agricultura deixaram os agricultores da região numa situação muito vulnerável. Para além da agricultura, também o setor da pecuária foi visado.
No entanto, um inverno chuvoso parece ter trazido alguma esperança e otimismo a este setor. As barragens do Alto Alentejo estão cheias, várias na região Alentejo já efetuam descargas por terem atingido a sua cota máxima, uma lufada de ar fresco para estes agricultores que olham agora para o futuro com mais otimismo.
A chuva deste inverno, segundo avançaram alguns agricultores à SIC Notícias, contribuiu para que 2023 “pudesse ser um ano normal” no entanto, este facto é insuficiente para resolver as quebras sentidas nos dois anos de seca intensa. Ainda assim, os agricultores aguardam por medidas e políticas que ajudem o setor para equilibrar preços e concorrência extra comunitária. Querem estabilidade e pedem ao novo governo que o novo titular da pasta seja “a sua voz junto das Instituições europeias.”
Conscientes de que a recuperação das perdas vai demorar tempo, os Agricultores continuam convictos de é possível a Agricultura do Alentejo ter peso e ser rentável .
Recorde-se que, tal como a Rádio Campanário noticiou, e de acordo com o último boletim climatológico emitido pelo IPMA, em fevereiro registou-se um aumento dos valores de percentagem de água no solo, em especial na região Norte e Centro, que se encontram ao nível da capacidade de campo.
Na região Sul, explica ainda o boletim, verificaram-se ligeiros aumentos localizados, persistindo ainda em alguns locais do Baixo Alentejo e Algarve valores inferiores a 60 %.
Em termos de distribuição percentual por classes no território continental, no final de fevereiro verificava-se: 10.1 % na classe de chuva moderada, 32.0 % na classe de chuva fraca, 43.7 % na classe normal, 14.0 % na classe de seca fraca e 0.2 % na classe de seca moderada.