José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas do Alqueva, vai integrar o Grupo de trabalho responsável pela implementação da estratégia “Água que nos une”, definida pela Governo com o objetivo de consolidar uma gestão sustentável da água, de modo a assegurar que este recurso vital esteja disponível para as gerações atuais e futuras, mesmo perante os desafios que as
alterações climáticas colocam a Portugal, influenciando de forma negativa as disponibilidades hídricas.
De acordo com um comunicado conjunto emitido esta segunda-feira pelos Ministérios do Ambiente e Energia e Ministério da Agricultura e Pescas, o objetivo desta estratégia passa por “garantir que Portugal consegue enfrentar os desafios hídricos futuros, assegurando a disponibilidade de água para todos os usos essenciais e promovendo a sustentabilidade ambiental e social.”
Na mesma nota, enviada à nossa redação, o Governo esclarece que o Grupo de trabalho “será responsável por concluir esta estratégia até ao fim de 2024, dando origem a um quadro estratégico de desenvolvimento de soluções e potenciais fontes de financiamento público. Nessas soluções, incluem-se o Plano Nacional da Água – a ser promovido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a autoridade nacional da água, para o período 2025/2035, e uma rede interligada para o armazenamento e a distribuição eficiente de água destinada à agricultura, que será denominada de REGA.”
O Grupo de Trabalho será liderado pelo presidente do Grupo Águas de Portugal, o professor António Carmona Rodrigues, e contará ainda, na sua composição, para além do Presidente da EDIA, com um membro do Conselho Diretivo da APA, responsável pelo setor da água e com o diretor-geral da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR).
Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia considera que “com a adoção desta estratégia, que irá promoverá a coesão territorial através de uma abordagem integrada na gestão da água, Portugal estará, assim, preparado para enfrentar as alterações climáticas”.
“Esta cooperação interministerial, na gestão dos recursos hídricos portugueses, visa promover uma conservação ambiental mais eficaz, uma maior segurança alimentar e um desenvolvimento económico sustentável” adiantou ainda a Governante convicta de que a estratégia ‘Água que une’ trará políticas mais harmoniosas, a possibilidade de infraestruturas conjuntas, tecnologias avançadas, iniciativas de educação e conscientização da sociedade quanto ao consumo de água, e, acima de tudo, virá garantir que os recursos hídricos sejam protegidos e utilizados de forma sustentável para o benefício de todos”.
Já o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, defendeu que “é urgente avançar para investimentos que possibilitem o armazenamento e a distribuição eficiente da água” destacando a criação de uma rede interligada e eficiente de água para a agricultura” realçando “não podemos perder tempo, nem oportunidades, como lamentavelmente aconteceu com o Governo de António Costa, que dispensou 8.300 milhões de euros na vertente dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência. Uma parte deste montante, que estava disponível até 31 de agosto de 2024, seria suficiente para a iniciativa ‘Água que Une’.
Nota de Imprensa/Governo