Factores ambientais e humanos, assim como as alterações climáticas e o aumento das culturas de regadio estão a contribuir para que a população de águia-caçadeira no Alentejo enfrente um risco crescente de desaparecimento.
O declínio da espécie é cada vez mais visível e para inverter este cenário, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em conjunto com a Liga para a Proteção da natureza, estão a desenvolver um projeto de proteção de ninhos, sobretudo nas áreas agrícolas.
O projeto tem como principal objetivo proteger os locais de nidificação da águia-caçadeira, garantindo que os ninhos não sejam perturbados durante as épocas de reprodução. Há especial incidência de proteção nas zonas onde , no momento das colheitas, exista presença humana.
Nos últimos dez anos verificou-se um decréscimo significativo de casais de águia-caçadeira na região, com uma redução de 113 para 30 casais.
Recorde-se que na passada quinta-feira, O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em parceria com a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), libertou, em Castro Verde, nove crias de tartaranhão-caçador (Circus pygargus), ou águiacaçadeira, nascidos em cativeiro, numa ação que se espera vir a contribuir para a manutenção da espécie no Alentejo.