Em sessão da Assembleia Municipal realizada no dia 28 de abril, o município de Alandroal aprovou a Prestação de Contas de 2022 em que se destaca uma redução do endividamento total da autarquia em cerca de um milhão de euros (964.298,18) durante o ano de 2022.
Também o excesso de envidamento, em relação ao limite da dívida total, foi reduzido em 1.382.314,00 euros. A dívida total do município situa-se agora no limiar dos 15 milhões de euros. O município viu a despesa corrente com aquisição de bens e serviços aumentar em 143 mil euros por força da inflação, mas, em contrapartida, registou uma descida residual das despesas com pessoal (4 mil euros) e viu as receitas de impostos diretos subirem, principalmente no IMT (mais 17%) e na derrama (mais 25%), sinal de aumento da atividade económica do concelho.
Este foi o ano da maior execução de sempre de fundos comunitários no concelho do Alandroal, no total de 2.381.333,12 euros, devido a várias obras de relevo em curso, com destaque para o restauro e conservação dos três níveis de muralha da Fortaleza de Juromenha e a conclusão da Escola Básica Diogo Lopes de Sequeira com Pavilhão Gimnodesportivo e Bloco de Ensino PréEscolar.
Ainda assim, o município prevê que em 2023 o valor venha ser superior. O município não registou pagamentos em atraso em nenhum prazo pelo quarto ano consecutivo e reduziu o prazo médio de pagamentos a fornecedores de 6 para 4 dias. João Grilo, o presidente da autarquia, mostrou-se satisfeito com estes resultados uma vez que “são a demonstração de que, não sendo fácil, é possível reduzir o endividamento, ter contas certas e ao mesmo tempo fazer obra relevante para o desenvolvimento do concelho ao mais elevado nível de sempre” e acrescenta “não consigo deixar nem pensar no que conseguiríamos fazer a mais com o milhão de euros que entregamos para pagar endividamento abusivo e desnecessário, mas o nosso foco está nas soluções e não nos problemas”.
O presidente adiantou ainda que espera concluir com o Fundo de Apoio Municipal (FAM) o processo de revisão de Plano de Ajustamento Municipal (PAM), em vigor desde 2016 e desajustado da realidade atual. Com efeito, depois de uma pandemia, com a crise inflacionista em curso e com a estratégia de investimento do município que procurou tirar o máximo partido do Programa Operacional Regional Alentejo 2020 e prepara agora o caminho para fazer o mesmo face ao Alentejo 2030 e ao PRR.
