Quinze municípios alentejanos vão impor limitações ao consumo de água urbano. A medida foi anunciada após a primeira reunião, esta quarta-feira (19 de Julho), pela Comissão Permanente de Seca, no âmbito do primeiro Plano de Prevenção, Monitorização e Prevenção dos efeitos do problema.
Enchimento de piscinas, encerramento de fontes decorativas, lavagens de carros e limitações das regas em jardins e hortas são algumas das medidas para reduzir o consumo de água, e quanto aos municípios, os primeiros a ser abrangidos por estas restrições serão Alcácer do Sal, Aljustrel, Alvito, Ferreira do Alentejo, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Viana do Alentejo, Almodôvar, Castro Verde, Redondo, Alandroal, Arraiolos, Arronches e Borba, podendo vir a ser alargada a lista.
A atravessar um período de seca extrema ou severa, a região alentejana tem as suas albufeiras com o pior registo desde 1995. Segundo o Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, “a situação piorou desde junho e é preocupante. Passámos de 14 albufeiras a menos de 40% da sua capacidade para 16, no espaço de um mês”, explicou à comunicação social.
No entanto, o Ministro do Ambiente, indica que o abastecimento de água para consumo humano “está assegurado”, afirmando que “há uma reserva para camiões cisterna, no valor de cerca de meio milhão de euros, para levar água aos sistemas mais isolados”.
Em Portugal continental, de acordo com informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o mês de junho de 2017 foi o 3º mês de junho mais quente desde 1931, depois de 2004 (23.25°C) e 2005 (22.81°C). O valor médio da temperatura média do ar foi de 22.34 graus, 2.92 graus acima do valor normal.