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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Alandroal. Letícia foi ao lançamento do livro do tio Claréu dizer que também quer ser poetisa

Aquela dedicatória é especial perante uma fila de amigos que percorre o Fórum Cultural do Alandroal até chegar ao autor de “Um Rosário de Poemas”. Vai do poeta popular António Claréu para a “sobrinha querida” Letícia. Aos 14 anos, a jovem admite que quer seguir os passos do tio. Assumia isso mesmo, publicamente, quando ergueu a voz a partir da plateia para elogiar o livro que António Claréu acabara de lançar. E já começou a “fazer caminho” para um dia chegar a poetisa.


E o que levou Letícia Graça Canhão a ter esta atração pela poesia? Admite que talvez o tio a tenha “inspirado”, mas revela que desde cedo começou a escrever. “Gosto muito de poesia e acho que este livro me vai ajudar bastante”, admite à Rádio Campanário, revelando como o recurso à escrita se traduzia numa preciosa ajuda para “desabafar” determinados momentos da vida.

“Servia para controlar situações pelas quais estava a passar. E agora, quando soube que o meu tio ia lançar o livro, fiquei muito feliz”, conta-nos, deixando a promessa de que vai continuar a escrever. Talvez um dia esteja esta jovem na mesma cadeira a apresentar a sua própria obra.

O tio acha que sim. Que Letícia tem futuro entre quadras e décimas. "Ela é uma sobrinha muito querida e quer seguir os passos do tio. Isso é muito especial para mim. Vai sair ao tio ou melhor ainda", enfatiza António Claréu.

E falta que faz atrair gente nova para a poesia popular, como assumia o próprio autor de “Um Rosário de Poemas” em pleno lançamento do seu livro, sem perder de vista “os poetas que já partiram” deixando a poesia “mais pobre”, sem nunca terem desistido de lutar por “ela” enquanto andaram pelo Mundo.

Também por isso o presidente da Câmara do Alandroal aplaude o entusiasmo de Letícia. “É uma boa notícia”, sublinha João Maria Grilo, acompanhando há anos a ideia de que “faz falta gente nova” que dê continuidade a esta tradição tão enraizada por estas paragens. “A Câmara tem apoiado os poetas populares para que a tradição perdure no tempo, mas as novas gerações fazem muita falta para conseguirmos conservar este tipo de arte”, resume o autarca.

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