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Alandroal: Polo Escolar de Terena inaugurado. “É um momento de grande alegria, fruto do trabalho e de grandes dificuldades”, diz Mariana Chilra (c/som e fotos)

Depois de requalificado e ampliado, foi inaugurado o Polo Escolar de Terena.

Este equipamento teve um custo de cerca de 360 mil euros, e foram criadas três novas salas de aulas, um refeitório e uma cozinha, além de espaços de recreio, exteriores e interiores, com renovados espaços verdes.

A conclusão dos trabalhos coincidiu com a decisão de aprovação da Candidatura que foi apresentada pela Câmara em 15 de março de 2016 aos Fundos Comunitários no âmbito do Portugal 2020.

A cerimonia de inauguração do Polo Escolar de Terena, que decorreu esta quarta-feira, dia 14 de setembro, contou com a presença de um conjunto alargado de individualidades.

À reportagem da Rádio Campanário, a presidente da Câmara Municipal de Alandroal, Mariana Chilra, referiu que “é um dia de grande alegria, depois de termos esta escola inaugurada, aberta para as nossas crianças poderem disfrutar dela, naturalmente que é um momento de grande alegria, fruto do trabalho, de grandes dificuldades, mas passou a época dos contentores neste concelho. Era a única escola que precisava de recuperação e neste momento é uma felicidade enorme ver que se conseguiu porque acabamos de inaugurar uma escola que tem condições para as nossas crianças”.

Instada sobre a candidatura ter sido inicialmente chumbada pela DGEstE e agora ser uma das primeiras candidaturas aprovadas pelo Portugal 2020, a autarca recorda que “esta escola foi objeto de duas candidaturas anteriores que não foram aprovadas, a primeira delas por falta do parecer favorável da DGEstE, foi pedido em 2014, conseguimos obter o parecer mas a candidatura já tinha sido apresentada e daí, que fosse motivo suficiente a falta desse parecer aquando da apresentação da candidatura, para que a mesma não fosse aprovada. Voltamos a apresentar uma nova candidatura, que infelizmente também foi rejeitada porque tínhamos o incumprimento de uma candidatura relativa a um caminho de ligação entre a freguesia de Capelins e da aldeia do Rosário, havendo incumprimento numa candidatura, naturalmente que as restantes ficam impossibilitadas de ver a sua aprovação feita”.

Mariana Chilra diz que ficou à espera da abertura do novo quadro comunitário “e em março fomos a primeira câmara do distrito de Évora a apresentar a candidatura que foi aceite”. 

Acrescenta que “ainda não recebemos o dinheiro, mas está aceite e estamos a falar de uma obra de valor considerável, de 360 mil euros que vão ter uma comparticipação Feder de 85%, o que para nós, atendendo aos constrangimentos e dificuldades financeiras da câmara, naturalmente que era bastante importante que esta obra tivesse avançado com a possibilidade de comparticipação dos fundos comunitários”.

A presidente da Câmara de Alandroal salienta que a obra está paga, apesar de ainda não ter recebido a verba da candidatura, “queremos inverter o ciclo anterior, que era o de fazer obras que não eram pagas”.

Tomé Laranjinho, diretor do Agrupamento Vertical de Escolas de Alandroal declarou à Rádio Campanário que “é de facto um dia importante, neste momento temos mais ou menos os edifícios da rede escolar estabilizados, falta-nos o Pavilhão Gimnodesportivo e os arranjos exteriores da escola sede, mas é um passo importante para o concelho porque ficamos como polo de Santiago, o polo de Terena e de Alandroal completos, é muito importante”.

Expressa que “em 2011 foi lançado este projeto, a ideia era em dez meses estar construído, estamos em 2016, felizmente no ano letivo 2016/2017, as crianças da freguesia de Terena têm uma escola condigna porque estavam numa escola do plano centenário, na qual chovia e fazia frio e no contentor era melhor do que o edifício da escola”, acrescentando, “foram cinco anos de luta mas passados esses cinco anos, temos este edifício para acolher as nossas crianças e elas merecem”.

Instado sobre como vê o esforço da autarquia de Alandroal, Tomé Laranjinho afirma que só tem “a dizer bem porque tem havido um trabalho conjunto, tem havido um esforço e sei perfeitamente aquilo que se passou com a autarquia que apanhou a obra parada, completamente em divida, conseguiu que a obra fosse concluída sem a candidatura aprovada, havia a promessas, mas não se sabia se iria ser aprovada (…) foi um esforço meritório da parte desta autarquia”.      

O Vogal do Alentejo 2020, Filipe Palma em declarações a esta Estação Emissora, referiu que foi um prazer esta inauguração “e tudo o que tenha que ver com reforçar as condições que se oferecem a todas as pessoas, sejam crianças, com mais agrado ainda, sejam idosos (…), aquilo que faço, é nossa obrigação fazer, e é porque tenho uma equipa comigo que permite que se façam estas coisas”.

Diz ainda que esta escola se “insere no Programa Alentejo 2020 que tem que ver com uma prioridade de investimento que é um reforço e a melhoria das condições de educação e está contratualizado pela CIM. Estas escolas são aquilo que nós fizemos com a CIM e com os fundos comunitários disponibilizados às CIM, há uma com grande peso que tem que ver com a educação, e a presidente tinha as crianças aqui, como toda a gente sabe, em condições que não são qualificadas para o século XXI, conseguiu com muita perseverança criar as condições, porque as condições financeiras eram as menores e já estavam na CIM, criar as condições para conseguir reabrir esta escola no momento certo, que é o inicio do ano letivo”.

João Oliveira, deputado na Assembleia da República pelo PCP, declarou que “era uma necessidade há muito tempo identificada e reivindicada, não só pelas famílias, mas também pelos próprios professores, era um investimento muito importante na qualificação das nossas infraestruturas escolares e sobretudo numa região como é a nossa”, acrescentando, “este tipo de investimento contribui para contrariar a desertificação e o abandono do território porque permite criar melhores condições para as crianças e para fixar aqui as populações”.     

Salienta que “é preciso investir na educação e nas infraestruturas para fixar as crianças e fixar os pais e a população no nosso território”.

 

 

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