A empresa Infraestruturas de Portugal (IP) informou recentemente a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) do lançamento do concurso, em duas fases, para alargar o IC33, dotando a via rápida entre Grândola e Sines com o perfil de autoestrada com quatro faixas de rodagem em todo o seu percurso.
De acordo com uma nota de imprensa enviada à nossa redação pela CIMAL, trata-se de uma luta antiga dos municípios da região e da CIMAL, que vem sendo reivindicada há 13 anos pelos autarcas, pelo que o seu anúncio agora só peca por muito tardio.
Como se não bastasse um atraso de mais de uma década no processo, a empreitada foi dividida em duas fases, o que vai retardar ainda mais a sua conclusão. O primeiro concurso, lançado este mês, prevê que as obras de alargamento do troço Relvas Verdes – Roncão comecem apenas em 2024 e estejam concluídas no ano seguinte. O concurso para o segundo troço – Roncão – A2 (Grândola Norte) – só irá acontecer em 2024, de acordo com o que foi anunciado pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, que prevê a sua conclusão dentro de três anos, em 2026.
O antecessor de João Galamba no Governo, Pedro Nuno Santos, havia garantido, em dezembro passado, que as obras de alargamento do IC 33 começariam em junho deste ano, promessa que voltaria a não ser cumprida, dado que o concurso só foi publicado há dias.
Para Vítor Proença, presidente da CIMAL e da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, esta sucessão de adiamentos “revela que os municípios foram sucessivamente enganados quanto a prazos e que este anúncio de obras não deixa de constituir mais uma vitória do poder local e dos municípios do Litoral Alentejano“.