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Alentejanos trazem “qualidade imediata” à Marinha, diz Chefe do Estado-Maior da Armada na inauguração de Monumento em Estremoz (c/som e fotos)

No passado sábado, dia 3 de novembro, foi inaugurado em Estremoz o Monumento dos Marinheiros deste concelho, que pretende homenagear os ex-combatentes da Armada, os ativos e os futuros marinheiros do concelho.

Em declarações à RC, o Almirante António Calado, Chefe do Estado-Maior da Armada, não hesita em afirmar que o Alentejo “tem gente com elevada qualidade, capaz de resistir a este ambiente de interioridade e levar por diante os seus sonhos”.

Nesse sentido, a vinda da Marinha a Estremoz para inaugurar um monumento de homenagem aos militares, pretende “trazer um pouco desta janela de oportunidade aos jovens”, uma vez que pode representar “uma profissão e uma vida de particular desafio e felicidade” para os que estejam interessados em ingressar, afirmou o Almirante, aproveitando para deixar um apelo aos jovens alentejanos para que considerem este caminho profissional.

“Sempre que recebemos alentejanos na Marinha a qualidade é imediata”, afirmou o Chefe do Estado-Maior da Armada também ele com raízes alentejanas, defendendo que têm as qualidades inerentes a um militar, nomeadamente a capacidade “de enfrentar a adversidade com coragem”. 

Sobre o monumento ali inaugurado, o Almirante António Calado espera que seja “inspirador” para todos os alentejanos e para os estremocenses em particular, representando a Marinha como “uma âncora de valores e uma hélice que pode propulsionar a vida das pessoas para a felicidade”.

Também à RC, o vice-presidente da Câmara de Estremoz, Francisco Ramos, realça que o Alentejo tem dado “muitos e bons marinheiros”, nomeadamente Vasco da Gama “como principal timoneiro da Marinha” assim como o atual “chefe do Estado-Maior da Armada”, também ele presente na cerimónia.

“Há mais de 100 anos que há registo de marinheiros que saíram do concelho (Estremoz) para ingressar nas fileiras da Armada”, afirmou o autarca, apontando que este monumento, “simples e singelo” surge como uma “homenagem” não apenas aos que integraram e que ainda integram as fileiras, mas também aos seus familiares.

Já Francisco Cuco, presidente da Associação de Marinheiros de Estremoz, explica que a escolha do local para instalação do momumento, “no centro de um triângulo escolar”, objetiva despertar a curiosidade dos jovens para o monumento e para o que ele representa.

No fundo, surge como um símbolo do papel da associação na divulgação da Marinha no município estremocense, nomeadamente junto dos jovens, e nesse sentido foi feito um concurso em que os alunos do concelho participaram de forma a deixarem a sua mensagem no monumento ali inaugurado.

Segundo o presidente da Associação, partiram do concelho de Estremoz “mais de mil homens” para ingressarem nas fileiras da Marinha e servirem a pátria, surgindo o monumento como um símbolo de que “no Alentejo também há marujos”, homenagendo-os e perpetuando-os junto das gerações vindouras.

Por outro lado, registam-se atualmente poucos ingressos assim como militares no ativo oriundos de Estremoz, justificado pelo “acabar do Serviço Militar Obrigatório” ou pelo facto de implicar um “grande desligar da família”, explicou Francisco Cuco.

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