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Alentejo: “Ainda não há enfermeiros despedidos, mas o risco existe”, diz Celso Silva do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Comemorou-se recentemente o Dia Internacional do Enfermeiro, e, para assinalar a data, foi aprovado um manifesto pela afirmação e desenvolvimento da enfermagem.

No docuemnto aprovado, que realça o descontentamento destes profissionais, pode ler-se que “os enfermeiros sempre estiveram, continuam a estar e estarão à altura das exigências e das suas responsabilidades. Apesar das diversas precariedades, injustiças e desigualdades, na necessária resposta diária, incluindo no quadro pandémico, os enfermeiros fazem um inquebrantável esforço para garantir cuidados de qualidade. Este esforço em todos os domínios da sua intervenção, socialmente reconhecido e politicamente aplaudido, não teve cosequenciação no plano material das concretas medidas que resolvam os seus problemas”.

Em entrevista à Planície, Celso Silva do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, (SEP), referiu“o Governo continua a não resolver os problemas destes profissionais de saúde e sem os resolver não fortalece o Serviço Nacional de Saúde” sublinhando ainda que “estamos a falar de cerca de 2000 enfermeiros a vínculo precário, que se o Governo não encontrar soluções podem ser despedidos. Sabemos que a carência destes profissionais é muita neste quadro de ainda pandemia e, portanto, não faz sentido para nós termos este número de enfermeiros em risco de serem despedidos”.

No que diz respeito à situação concreta no Alentejo, o sindicalista adiantou à mesma fonte  que “até ao momento, ao contrário de outras zonas do País, como por exemplo o Norte, onde já aconteceram despedimentos, não foi nenhum colega despedido, do que nós sabemos” realçando “temos muitos colegas com vínculo precário, se o Governo não encontrar uma solução, que será reconverter os contractos actuais em contractos sem termo, efectiva-los, se isso não acontecer os conselhos de administração, mais cedo ou mais tarde vão ter que os despedir”.

Para Celso Silva se isto acontecer “a responsabilidade neste caso é do Governo, que não decide efectiva-los. No Alentejo não foi ninguém despedido, mas o risco existe” considerando que devem ser resolvidos urgentemente situações como a “contagem de pontos” para efeitos de progressão, com a transição para a categoria de enfermeiro especialista e com os vínculos precários.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses garante que promoverá os necessários espaços de reflecção e discussão, construtores da necessária unidade de todos os enfermeiros.

In A Planície

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