A evolução tem sido lenta, mas firme. De 2009 a 2017, o PIB per capita no Alentejo cresceu 20%, salto que compara com a subida de 13,8% registada na média nacional ou de 4,6% na Área Metropolitana de Lisboa. E apesar de continuar atrás da média do país, o produto gerado pela região neste período passou de equivaler a 89% da média para 95%, uma evolução apenas superada pelo Algarve, cujo PIB per capita passou de 101% para 108% do valor do país.
Os dados mostram-nos que existe futuro para a região, muito trabalho tem sido realizado, com bons resultados, mas ainda existe um longo caminho a percorrer na reabilitação.
Emprego, Qualificação e Sustentabilidade
Um dos grandes desafios do Alentejo é certamente a falta de oferta de emprego qualificado, existem de facto ofertas de emprego, mas na sua grande maioria, são ofertas para emprego pouco qualificado. A falta de oportunidades a que assistimos nas últimas décadas originou a deslocação de massa critica para o litoral, o que dificulta nos dias de hoje a sua fixação na região.
No Alentejo, a mudança já está em curso, como mostram os números do PIB per capita, e tal deve-se, em parte, ao Alqueva, que veio ajudar os empresários e agricultores a lidar com um dos fatores mais limitadores da região: a falta de água. Torna-se necessário tornar a agricultura rentável na região e o Alqueva veio contribuir para alcançar essa meta. O clima é muito favorável para várias espécies, mas persiste o problema da seca e das as amplitudes térmicas cada vez mais acentuadas.
A mão-de-obra, ou a falta dela, é um dos fatores limitadores do crescimento e competitividade do Alentejo, recrutar profissionais que acompanhem os avanços tecnológicos e a modernização dos setores é cada vez mais complicado para empresas e instituições, no entanto o aumento da qualificação contribui para que exista um “esvaziamento” de profissionais com o designado ensino médio, muitas das vezes os profissionais disponíveis, não têm o perfil necessário para a satisfação das necessidades do empregador.
Outro dos grandes desafios da região é a sustentabilidade, aliás esta é uma problemática transversal ao país e ao mundo, a gestão dos consumos energéticos deve ser feita através do recurso a novas fontes de energia, no Alentejo existe um recurso altamente disponível, o sol, pelo que a aposta no fotovoltaico assume-se cada vez mais como o caminho a seguir.