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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Alentejo Central regista “10 surtos ativos e 350 pessoas infetadas” em lares diz Presidente da ARS Alentejo (C/Som)

O Presidente da Associação Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, esteve hoje presente na cerimónia de apresentação da nova ala do Serviço de Urgência Covid do Hospital de Évora, onde revelou que no Alentejo Central, ao dia de hoje, estão registados 10 surtos de casos ativos em lares.

Em declarações à RC, o Presidente da ARS Alentejo explica que, desses surtos contam, “as instituições onde ainda existem e vão aparecendo novos casos de pessoas infetadas. Isto não significa que se refira exclusivamente a doentes que se encontram infetados, ou seja, são só as instituições que ainda têm casos novos.”

“No conjunto total devemos ter cerca de 350 pessoas infetadas no Alentejo Central, particularmente em lares.” Dessas pessoas infetadas, todas “são seguidas pelos cuidados de saúde primários quer nas próprias instituições, quer em instalações de retaguarda,” adianta o Presidente.

Questionado acerca da razão pela qual a incidência de contágio nas instalações da Santa Casa da Misericórdias e IPSS´s do Alentejo é tão acentuada, José Robalo explica, “existe um conjunto de utentes que estão em espaços confinados, e basta entrar alguém positivo para haver uma proliferação da infeção para as pessoas.” O Presidente, acrescenta, em relação aos 350 infetados seguidos pelos centros de saúde, “se olharmos para os profissionais, cerca de 150 colaboradores dessas instituições, [eles] entram e saem e que neste momento são positivos e estão em isolamento profilático, mas que também são uma via de transmissão para a comunidade.”

“Neste momento começamos a ficar preocupados com a circulação em termos comunitários,” referindo que, “provavelmente, muitos desses surtos que aparecem têm haver, de alguma forma, com alguns dos colaboradores que depois vêm para a comunidade e transferem esta proliferação da infeção,” frisa o Dr. José Robalo.

Em relação à inauguração da nova ala do Serviço de Urgência Covid-19 do Hospital de Évora, “esta unidade representa uma coisa que eu sempre defendi, que as unidades hospitalares não podem ser cristalizadas, ou seja, elas não podem funcionar sempre de uma forma rígida para um certo número de doentes. (…) O que estamos a ver aqui é a tentativa de adaptação do próprio hospital às circunstâncias e à procura atual,” conclui o Presidente da ARS Alentejo.

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