A região Alentejo pode ter até mais 800 hectares (ha) de nova vinha, em 2018, segundo despacho do Governo, assinado pelo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação.
As novas plantações de vinha autorizadas destinam-se em 42% à produção de vinhos alentejanos, de um total de 1.916 hectares de novas vinhas autorizadas para Portugal, para 2018.
A limitação na autorização para plantação de nova vinha no Alentejo destina-se a zonas geográficas delimitadas de Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação geográfica Protegida (IGP), cujos vinhos representam maiores ganhos de escala, para as empresas.
O referido despacho define ainda regras e critérios de elegibilidade e de prioridade e os procedimentos administrativos a observar na distribuição de autorizações para novas plantações, como a prioridade a candidaturas de jovens produtores (até aos 40 anos), assim como candidaturas potenciadoras de melhorar a qualidade dos produtos para DOP ou IGP.
O aumento de 7,5% das exportações nacionais em 2017, para um novo valor recorde de 778 milhões de euros, aliado à crescente notoriedade internacional conquistada pelos vinhos portugueses, leva o Governo a considerar incentivar o aumento da capacidade de oferta do setor vitivinícola, fomentando ganhos de escala das empresas no setor e a entrada de novos viticultores.
Além do Alentejo, estão determinados um máximo de mais 0,7 ha de nova vinha para a região da Madeira, e 4,2 ha para a produção de vinhos da região do Douro.
De salientar que as candidaturas devem ser submetidas através da página Sistema de Informação da Vinha e do Vinho, entre 1 de abril e 15 de maio, podendo a área autorizada concedida ser recusada pelo produtor, sem sanção administrativa, caso seja menos de 50% da área requerida.
