Foram divulgadas na passada terça-feira, 14/06, imagem dos satélites Copernicus que demonstram os estragos causados pela seca, no reservatório da Bravura, na zona de Lagos. Em 2017 o satélite capturou uma imagem do mesmo local, e ao visualizar as imagens de 2017 e 2022, nota-se grande diferença
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mais de 90% do território português é afetado pelas secas. A falta de precipitação unida a temperaturas anormalmente altas, está a causar uma seca “severa” em cerca de 97% do território nacional.
O sul do país tem sofrido largamente, especialmente o reservatório da Bravura, que em maio deste ano se encontrava a 14,6% da sua capacidade. As imagens adquiridas pelos satélites Copernicus Sentinel-2 em 14 de junho de 2017 e 8 de junho de 2022 demonstram como o local tem sofrido gravemente com a escassez de água.
Os índices de seca já eram esperados, tendo em vista a indicação do IPMA de que o mês de maio seria extremamente quente e muito seco, tendo como temperatura média os 19,19 graus Celsius. Essa temperatura, para o período do ano, é muito superior ao normal, uma anomalia de mais 3,47 graus.
O Alentejo é uma das regiões gravemente afetadas, tendo percentagens de água no solo inferiores a 20%, no final de maio.
As divulgações das imagens do reservatório da Bravura ficam a cargo do programa europeu Copernicus que inclui dois Observatórios de Seca, geridos pelo Serviço de Gestão de Emergência Copernicus, que fornecem indicadores de seca e alerta precoce para secas na Europa e em todo o mundo.
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui
Imagem: EUROPEAN UNION, COPERNICUS SENTINEL-2 IMAGERY