O Alentejo, só ultrapassado pelo Algarve, é a segunda região do país com maior risco de enfarte ou acidente cardiovascular. É esta a conclusão do VIVA – estudo recente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC).
Regionalmente o risco elevado vai crescendo de Norte para Sul do país, com 20% na região Norte, 23,9% no Centro, 26,2% na região de Lisboa e Vale do Tejo, 35,5% no Alentejo e 35,9% no Algarve.
Os mesmos dados indicam, a nível nacional, que um em cada quatro portugueses adulto corre risco elevado de morrer de enfarte ou AVC nos próximos 10 anos, mas apenas 30% toma medicação adequada.
Com a participação de 10.004 portugueses, maiores de 18 anos, residentes em 44 concelhos do país, o estudo teve como objetivo a caracterização dos portugueses em função do nível de risco cardiovascular. Avalia o estado de cada um dos participantes em função de oito fatores de risco: idade, valor da pressão arterial, taxa de colesterol, fumador/não fumador, sexo, sedentarização/exercício físico, obesidade abdominal e histórico familiar de patologias associadas.
Um dos fatores mais preocupantes revelados pelo VIVA é a prevalência da obesidade abdominal, que atinge 55% nas mulheres e 36% nos homens.O consumo de sal e gorduras saturadas no Alentejo, os hábitos de fast-food em Lisboa ou a população flutuante e reformada no Algarve poderão ajudar a explicar estes resultados.
