Apenas nas regiões do Centro e Alentejo não se regista uma tendência decrescente da pandemia em Portugal, o que está espelhado na pressão nos serviços de saúde. Em Lisboa, apesar da evolução positiva da pandemia, a ocupação de camas em UCI permanece assim do limite regional, noticia o Jornal Económico.
A situação epidemiológica em Portugal apresenta uma tendência decrescente, apesar de tal não se verificar nas regiões do Centro e Alentejo, e a pressão nos serviços de saúde parece ter atingido já o pico, de acordo com o relatório de monitorização das linhas vermelhas Covid-19 das autoridades de saúde nacionais.
O Instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA) e a Direção Geral da Saúde (DGS) destacam a descida a nível nacional da incidência da doença causada pelo coronavírus, apesar de o Algarve apresentar ainda uma tendência crescente. O número de novos casos confirmados de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes foi de 357 na última semana, isto numa média móvel a 14 dias.
Entre os cidadãos com maior risco decorrente da idade, a tendência crescente tem-se verificado junto da população com mais de 80 anos, precisa o relatório, ao passo que os restantes grupos etários acima dos 65 anos mantêm uma evolução estável da doença.
Assim, a mortalidade tem vindo a aumentar, atingindo os 16,4 óbitos em 14 dias por cada milhão de habitantes, com o relatório a acrescentar que, dada a situação pandémica entre as populações mais envelhecidas. Ainda assim, numa perspetiva geral, a mortalidade deverá ter atingido já um pico.
Também o risco de transmissibilidade, o R(t), tem vindo a diminuir. Este indicador situa-se agora nos 0,92, com o relatório a adiantar que a maioria das regiões verifica um R(t) abaixo do limite de 1. No entanto, nas regiões Centro e Alentejo este indicador ultrapassou já o limiar máximo definido pelo Governo.
Também o número de camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos (UCI) se mantém acima do limite traçado para a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde 106 pacientes estão internados com a doença, apesar da tendência decrescente no resto do país. Olhando para o país todo, as 255 camas reservadas em UCI para doentes Covid-19 estão a 77% da ocupação, detalha o relatório.
A testagem tem revelado uma positividade de 3,9%, o que também representa uma queda em relação à semana anterior. Simultaneamente, pelo menos 95% dos casos confirmados de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 78% destes casos. Apenas 3,9% dos casos foram notificados com um atraso, o que também se mantém dentro dos limites considerados aceitáveis pelas autoridades sanitárias.
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