Foi divulgado ontem, 1 de Setembro, pela Autoridade Nacional da Proteção Civil, o balanço relativamente aos incêndios da “Fase Charlie”, que está compreendida entre 1 de Julho e 30 de Setembro.
Ao contrário da tendência a que já nos habituamos, o Alentejo foi a região do país onde menos se verificaram incêndios, até agora. Entre 1 de julho e 31 de Agosto registaram-se no Alentejo 126 ocorrências, nomeadamente, 35 em Portalegre, 80 em Évora e 11 em Beja.
O Comandante Operacional Distrital de Évora, José Ribeiro, enumera um conjunto de possíveis causas, que deram origem a este acontecimento atípico, mais precisamente, “ (…) a questão cultural, relativamente ao uso do fogo, que no Alentejo não se verifica”, a alteração, nos últimos anos, das práticas agrícolas e por último uma maior consciencialização das gentes, para o uso do fogo, através de campanhas desenvolvidas pelas autoridades.
Estes incêndios são denominados como “rurais”, que podem subdividir-se em três tipos diferentes, apontemos terrenos florestais, matos ou terrenos agrícolas.
Em termos de área ardida global, ficou 35% abaixo da média do decénio, sendo que julho e agosto, os meses de maior calor, também registaram uma baixa, tendo-se verificado o distrito do Porto como a região onde se registaram um maior número de incêndios, desde o início da “Fase Charlie”, nomeadamente 1881.
Com um mês de Setembro que se avizinha mais fresco, o Comandante José Ribeiro garante que a Proteção Civil vai “ (…) manter todo o dispositivo, com o máximo de alerta”, apesar da matéria combustível se tornar, com o tempo, cada vez mais seca, mais fácil de arder e mais difícil de combater.