A grave carência de pessoal médico no Alentejo, não é novidade para os utentes dos serviços de saúde desta região. Mas ao que tudo indica veem aí boas noticias, o Governo já decidiu quais as unidades de saúde, e respetivas especialidades, que podem receber médicos abarcados por diversos incentivos, nomeadamente monetários.
A legislação prevê, desde Junho, a criação de incentivos para os quadros clínicos que exerçam em “zonas carenciadas”, mas segundo fonte do jornal Público, que teve acesso a um despacho brevemente a ser publicado em Diário da República, os ministérios da Saúde e das Finanças, em conjunto, já esclareceram quais as zonas classificadas como “carenciadas”, onde serão aplicadas as medidas delineadas pela legislação.
De acordo com o despacho, o objetivo é retificar as “carências mais graves de pessoal médico”, que através destas medidas, tornará mais apelativo o trabalho nestas zonas, uma vez que “ao fim de cinco anos de trabalho, um clínico que venha a ocupar um “posto de trabalho carenciado pode somar até 21 mil euros em incentivos”, de acordo com o jornal Público.
Estão igualmente previstas “compensações das despesas de deslocação e transporte”, garantia de “transferência escolar dos filhos” e “aumento da duração do período de férias.
Relativamente às unidades de saúde da zona do Alentejo, à exceção da especialidade de Urologia, todas elas apresentam graves carências de pessoal médico. É de destacar, ainda, a unidade de Ortopedia do Hospital do Espirito Santo de Évora, como uma das mais afetadas com a falta de especialistas. Prevê-se, assim, que todas estas falhas venham a ser colmatas brevemente através das medidas atrás descritas.