Com 85,7%, no turno da noite, e 66,6% no turno da manhã, o Hospital de Portalegre foi a unidade de saúde onde se registou maior adesão à greve dos enfermeiros. No Hospital de Évora a percentagem ficou-se pelos 56,8%, no turno da noite, e pelos 48,5% na manhã, enquanto que em Beja a percentagem foi de 60,6% e 44,5%, nos dois turnos, respetivamente. A informação foi adiantada a esta Estação Emissora pelo coordenador da direção regional do Sindicado dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Edgar Santos, que avançou também os dados registados nos Centros de Saúde do Alentejo, apesar de ainda não estarem disponíveis os dados oficiais dessas valências. Nos Centros de Saúde do distrito de Évora, os dados provisórios dão conta de uma paralisação de 44%, em Beja de 20% e em Portalegre de 2%.
Edgar Santos refere que os resultados, em Beja e Elvas – com 80% no turno da noite e 29% no período da manhã – os resultados ficaram aquém do esperado. Esse fato é explicado pelo sindicalista com a forte adesão dos enfermeiros na última greve geral, a 27 de junho, sendo que o fato do Ministério ter agendado uma reunião com o SEP para a próxima sexta–feira também terá contribuído para os resultados.
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A greve dos enfermeiros prolonga-se até amanhã, quarta-feira. Os profissionais de saúde contestam os contratos individuais de trabalho, o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais sem remuneração e os cortes no sector da saúde, que permitem que existam enfermeiros a ganhar 3,4 euros/hora.