O Governo vai investir 441 milhões de euros para aumentar a eficiência hídrica e nos processos de adaptação à seca no Algarve, Alentejo e Madeira, segundo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal.
No Alentejo, está prevista a criação de uma reserva estratégica de água, que constituirá uma alternativa ao abastecimento público e permitirá o estabelecimento de novas áreas de regadio.
Esse investimento de 171 milhões de euros, a realizar no Crato, irá responder de “forma integrada a situações de seca extrema” e reduzir a “probabilidade de ocorrência de cheias”.Este é considerado pelo Governo como um “projeto âncora para a recuperação económica da região do Alto Alentejo”.
No documento, hoje colocado em consulta pública, e divulgado pela Lusa, o Governo considera que é preciso “mitigar a escassez hídrica e assegurar a resiliência dos territórios do Algarve, Alentejo e Madeira, as regiões com maior necessidade de intervenção em Portugal”.
No que respeita ao Algarve, serão alocados 200 milhões de euros ao Plano Regional de Eficiência Hídrica, que por objetivo aumentar a eficiência hídrica, melhorar os processos de adaptação à seca e contribuir para objetivos ambientais.
Na Madeira, o Plano de Eficiência e Reforço Hídrico dos Sistemas de Abastecimento e Regadio vai ter uma dotação de 70 milhões de euros para otimizar a utilização dos recursos existentes.
Pretende ainda a captação de “águas excedentes sem qualquer impacto nos ecossistemas, a constituição e ampliação das reservas estratégicas e a interligação das diferentes origens de água, que são essenciais para a salvaguarda de abastecimento ininterrupto, no contexto de Adaptação às Alterações Climáticas”, lê-se no documento.
O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.