Os dados lançados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que a região Alentejo foi aquela que registou a maior queda, no mês de março, do registo do número de desempregados, face ao mês homólogo no ano de 2013.
O número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego do Alentejo, diminuiu 11,4% em março, descida confirmada pelo Delegado do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Palma Rita, que afirma “das cinco regiões do país foi aquela que teve a maior queda do número de desempregados”, salientando que “é sem dúvida uma boa notícia, é uma reativação da economia decorrente da economia, do turismo e que começaram agora, com maior intensidade a ser recebidas”.
No entanto, Palma Rita diz também que contribuí para esta descida “o elevado número de pessoas integradas nos programas de medidas ativas de emprego, como sejam os estágios profissionais e também a formação profissional”, alertando que é preciso ficar consciente para a situação irreversível, “alguns postos de trabalho que se perderam, não vão voltar, o que faz da formação e reconversão profissional essencial”.
À questão sobre a capacidade do mercado de trabalho integrar as pessoas que atualmente estão nos programas de medidas ativas de emprego, o Delegado Regional do IEFP aponta que “os estudos mostram que a taxa de inserção dos estágios é de cerca de 70% e estas medidas têm mesmo como finalidade a transição para a vida ativa, o que faz sentido aplica-las e as pessoas poderão ter mais possibilidades de integração no mercado de trabalho passando por estes passos”, salientando que as áreas que menos absorvem são “a construção civil, o ramo imobiliário e financeiro, incluindo o comércio, ramos que estão em crise desde 2008”.
Questionado perante a possibilidade das pessoas, agora nos programas das medidas ativas de emprego, voltarem aos inscritos no centro de emprego e registar-se um retrocesso no decréscimo da taxa de desemprego, Palma Rita assevera que “ninguém tem a certeza do que pode vir a acontecer, sabemos desde já que há pessoas que não vão encontrar mais emprego nas áreas onde trabalhavam, como também sabemos que há outras que fizeram cursos em que nunca vão trabalhar”, no entanto também, “não sabemos que se a economia regional vai o suficiente para absorver toda esta gente, mas temos a garantia de que se ela responder há a certeza que elas hoje estão muito mias bem preparadas”.
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No Alentejo as ofertas no mercado de trabalho aumentaram, em março, 28,6%, comparativamente ao ano transato, contabilizando 1418 ofertas de emprego.
Portugal diminuiu o número de desempregados, no terceiro mês do ano, em 6,1%, face ao período homólogo, resultando num total de 689 mil e 825 pessoas.