Os produtores de vinhos registam neste ano uma quebra de 9% face ao ano anterior, significando isto, a terceira quebra consecutiva de produção, algo que não era registado em mais de 20 anos.
À RC, Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinicola Regional Alentejana (CVRA), confirma “uma quebra na produção”, forçando a “uma gestão mais criteriosa dos stocks por parte dos produtores”.
Tendo em conta que “a produção de vinho está muito ligada às condições climatéricas, e que, este ano não foram favoráveis”, os vinhos do Alentejo registam “uma quebra na ordem de 9%”, fazendo referencia aos dados divulgados pelo Instituto da Vinha e do Vinho.
No entanto, “não é nenhum drama que aí vem para os vinhos do Alentejo”, sustentou o presidente da CVRA, destacando “a boa qualidade que certamente vamos ter este ano no vinho” da região”.
O motivo de preocupação entre os produtores vitivinícolas prende-se com o “facto de ser a terceira vindima consecutiva com perda de produção”, motivando a afirmação de que “obviamente que há aqui algum desequilíbrio”.
“O Alentejo está habituado a viver com condições climatéricas extremas”, ainda assim, refere que nas estatísticas dos últimos 20 anos, “nunca tivemos três anos consecutivos de perda de produção”, referindo que chegou a ser previsto “um ligeiro aumento” para a colheita deste ano.