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Alentejo no pós-2020: Cultura teve pouca expressão no PORA2020 (c/ som)

José Soares das Neves, diretor do Observatório Português das Atividades Culturais (OPAC), e Pedro Prista, investigador integrado do Centro em Rede de Investigação em Antropogia (ECSH), são os coordenadores do estudo “A cultura no Alentejo pós-2020” apresentado, na tarde de ontem, em Évora.  A fraca expressão da cultura no POAR2020 foi um dado evidenciado pela generalidade dos municípios inquiridos.

Perante uma plateia composta por diversos agentes culturais e representantes dos municípios das regiões do Alentejo e da Lezíria do tejo, os investigadores do ISCTE-IUL apresentaram as conclusões do estudo que, a partir de agora, está disponível para consulta no site do OPAC.

Em entrevista à Rádio Campanário, José Soares das Neves refere que o facto do estudo ter sido elaborado no contexto de uma Pandemia acarretou consigo alguns constrangimentos, no entanto, exalta que os resultados obtidos se cifram numa taxa de resposta 80% com 47 dos 58 municípios a participarem.

Já para o investigador Pedro Prista, os “problemas gravíssimos em termos de população, de pobreza, de desigualdades, de novidades para as quais não havia preparação alguma e que persistentemente continuou a não haver” foram manifestadas pelos inquiridos.

Neste estudo, destaca-se o facto dos municípios considerarem que especificamente, no Programa Operacional Regional do Alentejo 2020, a área da cultura teve pouca expressão, facto que foi agravado pela sua dispersão sectorial e imprecisão conceptual. Sobre esta matéria, os Pedro Prista considera que estes estudos “fazem-se para ser úteis e para se refletirem em medidas e em orientação de políticas”, perspetivando que os municípios possam agora “encontrar o caminho para corrigir e para propor coisas construtivas e positivas”.

Em jeito de conclusão, José Soares das Neves realçou que “os agentes e os vários intervenientes mostraram ter uma reflexão já muito madura sobre o que é preciso fazer, quais são os aspetos que importa melhorar e quais são os aspetos críticos que importa superar”, contributos que considera serem muito úteis para um próximo ciclo.

 

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