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Alentejo: Polícia Judiciária deteve homem de 48 anos suspeito de ‘esquema de pirâmide’ com seguros

A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Sul, no âmbito de inquérito dirigido pelo DIAP Regional de Évora, realizou no final da passada semana, uma ação policial, designada por operação “Dolce Vita” para localização e detenção de um homem estrangeiro, de 48 anos de idade, suspeito de vários crimes de Burla qualificada, Falsificação de documentos, Branqueamento e Prática ilícita de atos ou operações de seguros, de capitalização ou de resseguros.

A informação é avançada pela Polícia Judiciária na sua página oficial, adiantando ainda que durante esta operação foram realizadas diversas buscas, que permitiram a obtenção de elementos indiciários relevantes, relacionados com a atividade ilícita em investigação, bem como foram apreendidas seis viaturas, diversos objetos e documentação.

O suspeito agora detido, indica a PJ, terá convencido inúmeras vítimas de que era supervisor de uma empresa corretora de seguros espanhola e que se encontrava autorizado a comercializar, em Portugal, produto financeiro da companhia que representava, de elevada rentabilidade e de capital garantido.

Criou para o efeito uma empresa, com instalações, colaboradores e veículos, visando simular uma verdadeira atividade comercial e garantir a permanente entrada de fundos.

Contudo, tratava-se de um “esquema em pirâmide” ou “ponzi”, de rentabilidade inexistente e simulada, em que os valores dos primeiros investidores são reembolsados através dos valores entregues pelos seguintes e assim sucessivamente, até que o sistema deixe de ser alimentado e, inevitavelmente, sejam perdidos todos os valores não reembolsados, até então.

Os elementos recolhidos demonstram que o sistema teria atingido já a última fase e que o arguido se prepararia para abandonar o país.

A investigação desenvolvida e a documentação apreendida, permitem estimar que a atividade ilícita, presumivelmente iniciada em 2018, ascendeu a mais de três milhões de euros.

O detido foi presente à autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal de Évora para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação, tendo-lhe sido aplicada a prisão preventiva.

Ana Rocha

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