A produção de vinho no Alentejo vai sofrer este ano uma quebra de 20%, o que representa uma previsão de menos 35 milhões de litros de vinho produzido.
Um decréscimo que resulta das condições meteorológicas, sobretudo porque a região esteve muito tempo sem chuva e o verão foi extremamente quente e prolongado.
Em declarações à Rádio Campanário, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, Francisco Mateus, referiu que neste momento a vindima está na reta final, e agora é uma questão de se começar a contabilizar o resultado da colheita das uvas “e qual foi o rendimento que as uvas tiveram na transformação para vinho e começar a fazer as contas e ver qual é a capacidade que o Alentejo terá para oferecer ao mercado neste ano”.
Questionado sobre o que se perspetiva em termos de produção, Francisco Mateus diz que “a colheita da uva deste ano terá sido inferior a 20% ao ano passado, tivemos um ano complicado em termos de água e de muito calor e a quebra na produção de uvas será dentro destes valores”, garantindo que a qualidade da produção se manterá.
Apesar de considerar que ainda é cedo para fazer uma avaliação, afirma que “vamos ter menos vinho do Alentejo, mas com o stock que existe atualmente e com uma gestão criteriosa e mais esta nova produção, vamos dar resposta ao mercado”.
O presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana diz que este ano, com a redução de cerca de 20% na quantidade de uvas, “o que representa cerca de 25 milhões de litros de vinho”, e já que a produção no ano passado foi de 115 milhões de litros de vinho produzido”, prevê-se que a produção fique nos 80 milhões de litros.