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Alentejo regista a menor prevalência de obesidade infantil!

As prevalências de excesso de peso e obesidade infantil baixaram em todas as regiões do país entre 2008 e 2019, mas este problema ainda atinge uma em cada três crianças em Portugal, segundo um estudo hoje divulgado.

Segundo notícia avançada pela RTP, neste período, verificou-se uma redução de 8,2 pontos percentuais na prevalência de excesso de peso em crianças dos seis aos oito anos  e de 3,3% na obesidade infantil .

Os dados são avançados no estudo COSI Portugal, sistema de vigilância nutricional infantil integrado no estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative da OMS/Europa, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Ana Rito, investigadora do INSA e coordenadora do estudo que envolve 44 países e que estuda mais de meio milhão de crianças a cada três anos, refere “Desde 2008 temos vindo a mostrar uma tendência invertida na prevalência e excesso de peso e obesidade infantil em todas as regiões” observando que, na primeira ronda do estudo em 2008, Portugal era o segundo país com maior prevalência de excesso de peso e obesidade infantil e agora “está exatamente na média europeia”.

“Foi um progresso absolutamente positivo e naturalmente o país está a parabéns, mas continuamos com uma em cada três crianças a sofrer deste problema de excesso de peso” que rapidamente pode progredir para obesidade, alertou.

De acordo com este estudo, os Açores (35,9%), a Madeira (31,7%) e o Norte (31,3%) foram as regiões que apresentaram maiores prevalências de excesso de peso e o Algarve a menor (21,8%).

As maiores prevalências de obesidade infantil foram observadas nas regiões Norte (12,3%), Centro (13,4%), na Madeira (13,7%) e nos Açores (17,9%) e a menor no Alentejo (9,6%).

A prevalência do excesso de peso e a obesidade infantil é mais prevalente nos rapazes (29,6% – 13,2%) do que nas raparigas (29,7% – 10,6%), respetivamente.

Relativamente à prevalência de baixo peso, os dados indicam que “se tem mantido sem expressão e constante nos últimos oito anos, apesar da grave crise económica vivida em Portugal nesta década”.

O estudo afirma que a “evolução positiva [de Portugal], e ainda pouco frequente em outras regiões internacionais, pode resultar de várias iniciativas conduzidas pelo Estado Português, pelos profissionais do Serviço Nacional de Saúde e partes interessadas nesta matéria”.

O COSI Portugal envolveu 8.845 crianças de 228 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, no ano letivo 2018/2019, a maior amostra de todas as fases decorridas até ao momento.

Foram mais de 8.000 famílias portuguesas convidadas a participar neste estudo.

Fonte: RTP

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