Em agosto, o setor do turismo manteve a tendência de recuperação verificada nos meses anteriores, apresentando quebras homólogas expressivas, mas, ainda assim, menos acentuadas do que as registadas em julho. Nas regiões do Centro, Alentejo e Algarve, já houve mesmo um crescimento no número de dormidas por parte dos turistas nacionais.
Os números, divulgados na quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), dão conta que, ao todo, em agosto, foram registados 1,9 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas, números que correspondem a quedas de 43,2% e 47,2%, respetivamente, em relação ao mesmo mês do ano passado. Isto num mês em que 21% dos estabelecimentos de alojamento turístico ainda estavam encerrados.
Os números do INE voltam a mostrar uma clara recuperação face a julho, quando as quebras homólogas ainda eram superiores a 60% e em que 27,8% dos estabelecimentos de alojamento estavam encerrados ou não registaram qualquer movimento de hóspedes.
Em agosto, o turismo interno voltou a ser o responsável pela recuperação do setor. Do total de hóspedes, 1,3 milhões eram residentes em Portugal, tendo sido responsáveis por 3,4 milhões de dormidas, o que representa uma quebra homóloga de 2,4%, muito aquém da diminuição de 30,8% que ainda era registada em julho.
Já os hóspedes não residentes terão sido 589 mil e foram responsáveis por 1,7 milhões de dormidas, menos 72% do que no ano passado – ainda assim, uma melhoria face a julho, quando a queda homóloga foi de 84,5%.
Em agosto, o Alentejo continuou a ser a região menos afetada, com uma quebra de 15% nas dormidas, a menos acentuada de todo o país. Por outro lado, Madeira, Açores e Lisboa são as regiões que continuam a sofrer o maior impacto da pandemia, com diminuições de 72%, 69% e 68%, respetivamente, do número de dormidas.
Olhando apenas para o turismo interno, já há mesmo uma evolução positiva em algumas regiões. O Algarve destaca-se, com um aumento de 9% no número de dormidas de residentes, enquanto o Alentejo registou uma subida de 4% e o Centro um aumento de 1,1%.
(Fonte: INE e Jornal de Negócios)