O Alentejo é a segunda região do país com menos camas destinadas aos cuidados paliativos.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada em 2006, no entanto a resposta tem-se mostrado escassa.
Em todo o país, em cerca de 10 anos, existem somente 252 camas, de acordo com o Relatório de monitorização da RNCCI.
Lisboa e Vale do Tejo é a região de Portugal com mais camas (113), no entanto há a considerar que é uma região com uma maior concentração de população.
Segue-se a região Centro, com 69, o Norte, com 41, o Alentejo, com 19, e o Algarve, com 10 camas.
Os dados agora conhecidos indicam que no final de 2014 estavam 844 pessoas à espera de uma vaga. No entanto, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos estima que mais de 60 mil pessoas precisem deste apoio, o que faz com que Portugal esteja entre os países em que as pessoas mais vão morrer aos hospitais.
Ainda segundo o mesmo estudo intitulado, “Acesso, qualidade e concorrência nos Cuidados Continuados e Paliativos”,Portugal é, também, o país com uma maior taxa de cuidados continuados e paliativos prestados por pessoas sem preparação e com uma das mais baixas taxas de cobertura de cuidados prestados por profissionais.
A realidade torna-se ainda mais preocupante, quando as projeções realizadas indicam uma evolução da população idosa, com uma proporção que deverá chegar a 25% em 2025.