A cidade de Elvas encontra-se no centro do desenvolvimento estrutural da região alentejana, seja com a estreita colaboração com Badajoz ou os investimentos já anunciados pelo Governo no que diz respeito à linha ferroviária que ligará a Espanha através daquela localidade.
Quando questionado pela RC, Nuno Mocinha, presidente do município elvense, garante que “está previsto, a curto prazo, efetivar ainda mais a eurocidade juntando Campo Maior”, uma localidade que considera ser composta por “um braço empresarial forte”.
Para além da eurocidade, o autarca elvense destaca a “obra do troço entre o terminal e a fronteira (…) e a tão ansiada obra que vai desde Elvas até Évora”, um investimento que “cria uma nova oportunidade para Elvas, não só pelo desenvolvimento causado por uma obra desta grandeza, mas também pela possibilidade de meter e tirar mercadoria dessa linha”, realçou.
Na opinião de Nuno Mocinha, “está a fazer-se o caminho para que toda esta região seja sustentável”, relembrando a construção do Hospital Central de Évora, onde refere que “a ideia é criar de uma vez por todas as condições que todos os alentejanos precisam para ter os cuidados de saúde que são devidos”.
Noutro setor, a compra da escola de pilotos de Ponte de Sor por uma empresa “líder em termos mundiais”, que se prepara para aumentar o número de alunos de 250 para cerca de um milhar, motivo pelo qual afirma que os municípios alentejanos “a pouco e pouco estão a conseguir localizar investimentos”, fazendo com que a região “tenha um conjunto de projetos que dão futuro aos alentejanos”.
Por outro lado, quando questionado sobre a mão-de-obra, Nuno Mocinha reconhece que muitos estudantes “tiram cursos que depois não têm resposta na sua região de origem, o que leva que as pessoas fiquem nos grandes centros”, algo agravado pela crise nos últimos quatro anos, “destruindo muitos empregos e profissões” como um estucador, pedreiro ou alguma especialidade na área da construção civil, acrescentou.
