Decorreu esta quinta-feira, em Beja, o encerramento do III Congresso Portugal Nuts.
Organizado pela Associação de Promoção de Frutos Secos (Portugal Nuts)), a edição deste ano foi subordinado ao tema “Abraçar o Futuro” .
No congresso, foram abordados assuntos relevantes e atuais do setor, nomeadamente os primeiros dados sobre as plantações dos associados que compõem uma amostra representativa das novas plantações de amêndoa e noz do país, e discutem-se as alterações climáticas e a água, a sustentabilidade, os preços mundiais e as tendências de consumo.
Na sessão de encerramento, que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, João Moura, foi unânime a opinião de que a criação do Alqueva foi “o melhor investimento agrícola de sempre”.
Paulo Arsénio, Presidente da Câmara de Beja, na sua intervenção realçou o crescimento da área de produção de frutos secos na região de Beja, realçando em particular o aumento do cultivo de amêndoa que ocupa já mais de 24 mil hectares.
O Autarca sublinhou ainda, adianta o expresso, que “A nossa região começou a ter um peso preponderante da agricultura de regadio com a entrada em funcionamento do Alqueva”.
De acordo com os dados divulgados pelo Anuário Agrícola de Alqueva, uma ferramenta para agricultores, técnicos e investidores, em 2023 foram inscritos 23 859 ha de amêndoa nos perímetros de rega de Alqueva, representando um crescimento de 6% face a 2022.
No mesmo documento, divulgado pela EDIA- Empresa responsável pela gestão de Alqueva, e de acordo com especialistas em frutos secos, a região de Alqueva, com a garantia de água, ganha características ótimas para a produção de frutos secos. Apesar do interesse limitado por parte dos agricultores, devido ao baixo preço do miolo de amêndoa nos últimos anos, o amendoal ainda pode representar uma oportunidade viável para os agricultores e investidores da região. Este pode ser considerado como uma alternativa agrícola promissora, dadas as suas potencialidades agronómicas e económicas.
