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Alqueva “pode chegar mais longe” mas não abastece a região toda, afirma presidente da EDIA (c/som)

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, assinalou esta sexta-feira (2 de Fevereiro) em Reguengos de Monsaraz o arranque do Plano Nacional de Regadios, que terá início com a ampliação do bloco de rega do Alqueva para a cidade reguenguense em cerca de 11 mil hectares e um investimento de 40 milhões de euros.

Em declarações à RC, o presidente da EDIA, José Pedro Salema, refere que a empresa pública “há muitos anos que trabalha na expansão do Alqueva, porque tem vindo a verificar que a quantidade de água que o empreendimento consegue armazenar pode chegar mais longe”.

Segundo o presidente da EDIA, a empresa pública “começou cedo a fazer estudos, depois a partir para os projetos de execução e, agora, o desejado financiamento”, que, de acordo com a hidrologia e climatologia, projetou-se uma “tendência” ao olhar para os últimos 30 ou 50 anos.

Já na agricultura e em questões de regadio, o historial para analisar é mais curto, pois a empresa só começou a vender água há cerca de 11 anos, mas foi possível perceber que as culturas instaladas “não são as que se sonhavam há 30 anos”, e estas “gastam menos água do que se pensava”.

Assim, José Pedro Salema considera que com “menos água pedida por hectare” o Alqueva “pode chegar mais longe”, mas a região “vai continuar a ter a maior parte da sua área em sequeiro”, justificando que através dos sistemas confinantes, o empreendimento cobre apenas “200 mil hectares, cerca de 10 por cento do Alentejo”, alertou.

Questionado sobre os vários projetos que a EDIA tem a decorrer para expandir o empreendimento, o presidente afirma que “todas as obras podem estar concluídas até 2021/2022”.

No distrito de Beja, Alqueva “já tem um número de Barragens significativas ligadas ao empreendimento”, entre as quais a Barragem do Roxo, “que nos últimos dois anos foi assegurada a campanha e o abastecimento público” graças à ligação com a barragem gerida pela EDIA.

“A partir do Roxo vamos poder chegar à Barragem do Monte da Rocha, que é uma das barragens que está, hoje, quase todos os dias nas notícias porque está vazia, acrescentou José Pedro Salema, indicando que através desta ligação “vai poder garantir o abastecimento público e uma parte substancial do regadio”.

 

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