Quando há cerca de 15 anos a EDIA criou a Albufeira de Pedrógão, foram plantadas 65 mil árvores de espécies ripícolas autocnes como medida de compensação pela área a submergir no Rio Ardila.
Hoje, nas cabeceiras deste afluente do Rio Guadiana, existe o maior bosque ripícola de Portugal plantado pelo homem.
São três as espécies de árvores que compõem este bosque e que ocupa uma área com cerca de 200 hectares contínuos ao longo das margens deste rio, hoje albufeira de Pedrógão: Choupos, Freixos e Lódãos.
A largura deste bosque chega a atingir os 800 metros, 400 para cada margem, criando um verdadeiro oásis para a fauna e flora característica destes habitats, como são o caso das aves, entre elas várias espécies de Pica-pau, que encontra na madeira macia dos Choupos, o lugar ideal para “escavar” os seus ninhos.
Esta intervenção teve por base o plano de florestação da EDIA e que foi composto por três níveis de compensação, nomeadamente nas áreas junto à margem; áreas na envolvente territorial das albufeiras (500m) e áreas já incluídas no território envolvente mais distante.
A intervenção implementada nas cabeceiras do Rio Ardila teve como base o primeiro nível que, para além da compensação da galeria ripícola então existente no Rio Ardila, visou a criação de um filtro natural para as escorrências que afluem à albufeira, melhorando a qualidade da água, ao mesmo tempo que as próprias árvores constituem agora exemplares dadores de sementes para a regeneração do próprio bosque, hoje muito visível.
Para chegar até aqui, a EDIA geriu esta área de forma criteriosa, nomeadamente regando os jovens exemplares das diversas árvores até à sua fixação e impedindo que o gado invadisse este território e destruísse a vegetação.
Estas são medidas de compensação ambiental levadas a cabo pela EDIA no âmbito do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, mas que só a médio e longo prazo, têm a grandeza que este bosque agora revela.