Decorreu esta quinta-feira (25 de julho), em Vila Viçosa, a inauguração do certame ALSTONES, dedicado às pedras do Alentejo, que decorrerá até ao próximo dia 28 de julho.
O programa teve início na passada sexta-feira (19 de julho) com espetáculos musicais, sendo que a inauguração marca a abertura dos stands, onde o público poderá conhecer o mármore extraído na região, assim como maquinaria utilizada no setor.
A Campanário esteve presente na sessão, onde falou com Manuel Condenado, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, que se mostra “moderadamente satisfeito” com o decorrer do certame, que visa “dinamizar o setor neste momento de algumas dificuldades e crise”.
O ALSTONES é um evento “pioneiro” uma vez que envolve 7 municípios, sendo esta edição a primeira no atual formato. “Estamos a aprender e pensando que para o ano, a segunda edição terá outra amplitude”, nomeadamente a tenda onde se encontram os stands institucionais, mostrando o “que há de melhor nestes 7 municípios e na região”.
Num outro espaço decorre “com normalidade” o IV Simpósio de Escultores onde 6 artistas fazem obras a partir de blocos de mármore.
“ALSTONES tem corrido dentro do programado e com muita aceitação e participação popular”
Manuel Condenado
O certame conta com uma mostra de máquinas e de blocos de mármore, onde participam 12 empresas, espaço com “um potencial importantíssimo”.
O ALSTONES permite “juntar empresários, investigadores, académicos, no sentido também de potenciar o setor” e a sua internacionalização.
O autarca salienta a importância do setor para a economia do concelho assim como da região, avançando a necessidade de “diversificar a base económica” com áreas como o Turismo, sendo que esta beneficiará bastante com a aprovação da candidatura de Vila Viçosa à UNESCO.
António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba (um dos municípios parceiros na iniciativa ALSTONES), o mais importante “é a participação de 7 municípios”, o que para o autarca “mostra a força do mármore, do barro, do xisto e do granito na região”.
O autarca refere que “se juntamos 7 municípios é porque vale a pena promover aquilo que temos de bom”, acrescentando que “não devemos esquecer que os mármores tem sido o motor de desenvolvimento da nossa economia”.
Questionado sobre a continuidade do evento, António Anselmo considera que “para mim é para continuar, nem que seja de 2 em 2 anos”.
“Se conseguirmos trazer mais empresários para este evento a aposta está ganha”
António Anselmo
António Anselmo destaca “o simpósio de escultura” e a presença de “inúmeras empresas que se uniram” para estarem presentes com os seus stands no certame.
A Campanário questionou António Anselmo sobre a importância da união entre os municípios, ao que o autarca considera que “Borba tem 7 mil habitantes, Vila Viçosa cerca de 8 mil, Estremoz 15 mil, Alandroal 5 mil, tudo somado temos aqui 50 mil pessoas, e sabemos que a economia de escala só pode ser feita com a união de todos”.
Para o edil borbense “não importa quem lidera o processo, mas sim que tenhamos a região como um todo”. António Anselmo considera que “é obrigação das autarquias promover a região como um todo, sem nunca esquecer o desenvolvimento económico”.
O autarca afirma ainda “o mármore como peça fundamental para o desenvolvimento da região”, quer a nível “económico, turístico, ou de criação de emprego”.
António Recto, presidente da Câmara Municipal de Redondo, aponta a esta estação emissora que o ALSTONES “é uma associação de 7 municípios com um objetivo comum”, que vai para além dos mármores.
“Sou defensor acérrimo de associações de municípios desde que seja para promover o Alentejo”
António Recto
“Redondo não tendo mármores, também trabalha com produtos provenientes do subsolo, os barros”, como acontece com Reguengos de Monsaraz.
O ALSTONES tem as pedras como tema central, mas é uma monstra “também daquilo proveniente da terra” e uma oportunidade para “promover esta região”, conclui o autarca.
Jorge Nunes, vereador de Reguengos de Monsaraz diz a esta estação emissora que o município gosta de “estar aliado aos grandes projetos” e este “pareceu um projeto com potencial de futuro”.
“ALSTONES congrega as sinergias de todos os municípios em redor”
Jorge Nunes
Reguengos de Monsaraz apoiou o projeto desde o início, aponta, avançando que no concelho que não tem a exploração de mármore como atividade principal, grande parte das atividades estão ligadas à pedra, nomeadamente em termos de monumentos e da Olaria de São Pedro do Corval.
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