Decorreu hoje o Painel/Debate, “A estrada conta histórias, nem todas tem um final feliz. Queremos que as histórias da estrada tenham um final feliz”, no auditório da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST), no final do evento o Presidente da “Associação para a promoção de uma cultura de segurança rodoviária” (GARE), Adérito António Araújo fez um balanço da iniciativa aos microfones da Rádio Campanário.
“Os nossos objetivos, aqui, foram cumpridos, na medida em que foi discutido o assunto com professores e alunos”
Para o presidente da GARE “os objetivos são obviamente a necessidade que temos de discutir estes assuntos para poder chegar mais rapidamente a uma resolução deste gravíssimo problema da sinistralidade rodoviária. “Aqui aconteceu a necessidade de chamar junto dos alunos, dos professores e das escolas em discutir isto cada vez mais.” “Os nossos objetivos, aqui, foram cumpridos, na medida em que foi discutido o assunto com professores e alunos (…) penso que a discussão foi interessante, muito encima dos problemas e das vivências de cada um”.
Também a esta estação emissora, a diretora-geral da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, Maria Manuela Faria, sublinha que os estabelecimentos escolares podem ter um papel “intenso e galvanizador” no que respeita à segurança rodoviária.
Nesse sentido, os “alunos e professores têm uma capacidade enorme de influenciar toda a comunidade educativa”, mesmo que seja uma comunidade educativa relativamente pequena, “pode galvanizar um número de pessoas muitíssimo grande”, sublinhou a diretora-geral da DGEstE.
Contribuição da comunidade escolar é feita “através de uma educação para a cidadania”
Segundo Maria Manuela Faria a contribuição da comunidade escolar é feita “através de uma educação para a cidadania”, que quando trabalhada nas escolas pode “espalhar de uma maneira capilar todas estas questões que estiveram a ser debatidas”, acrescentou.
Para a diretora-geral da DGEstE, a temática é algo que pode “ser trabalhado dentro da escola, mas sempre com a perspetiva que a escola não é um lugar diferente”, transmitindo aos alunos que “a escola não é um balão de ensaio que está aparte da sua vida, é o prolongamento da vida diária de todos os alunos”.
Questionada sobre o papel dos docentes, maria Manuela Faria realça a sua importância, pois “os alunos ou seja quem for aprendem muito melhor se for através de um modelo”, motivo pelo qual sublinha que “o comportamento dos professores são fundamentais para que o comportamento dos próprios alunos assim o sigam”.
José Cortes Verdasca, coordenador nacional do Programa Nacional para o Sucesso Escolar, em declarações à RC, afirma que a educação e a segurança rodoviária “são pontos complementares e convergentes”.
Educação e a segurança rodoviária “são pontos complementares e convergentes”
Os números de sinistralidade surgem como “um tema trágico” no Alentejo, com dimensão suficiente para suscitar abordagem em currículo para desenvolvimento de “algumas ideias nesse campo e respostas que pudessem contribuir para mitigar” os números.
Questionado sobre a responsabilidade das autarquias no assunto, aponta que a segurança rodoviária “faz parte de uma cultura territorial que não está ainda inscrita”. A educação surge como um dos setores a considerar na sua resolução.
O dirigente destaca ainda a importância da “conceção local” de planos de acessos aos estabelecimentos escolares, com incorporação da própria escola no processo de projeção e decisão.
José Verdascas destaca ainda que na, com milhares de crianças a circular diariamente nas estradas e junto às escolas, não existem acidentes rodoviários.
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