O novo Coronavírus chegou a Portugal no início de Março e começou a estender-se pelo país. Inicialmente, a zona mais afetada foi o Norte, e depois, de forma mais intensa chegou à região de Lisboa, entrando em empresas, lares, hospitais e casas. Sete meses depois, praticamente não há território que não tenha sido atingido em maior ou menor dimensão. Dos 308 municípios do país, há apenas três exceções: dois nos Açores e um no Alentejo, que mantêm zero casos.
No continente, o único município nesta situação é a localidade de Alvito, no Distrito de Beja.
De acordo com a notícia avançada pelo Expresso, Alvito , tal como os outros menos atingidos, fica no interior do país e tem poucos habitantes — cerca de 2500 e estas parecem ser duas das condições necessárias para atrasar a chegada do vírus à comunidade.
“Somos um dos concelhos mais pequenos do país e ficamos fora das grandes vias de circulação. A ligação entre Beja e Évora não passa pelo Alvito. O isolamento que noutras alturas nada tem de positivo agora funciona a favor”, admite o presidente da Câmara, João Valério. Mas o “grande mérito”, vai repetindo, é da população, que desde o início tem tido “grande preocupação com o cumprimento das regras”.
Mesmo num concelho onde o vírus não circula, o uso das máscaras é cada vez mais frequente. E todos os eventos que levassem ao ajuntamento de pessoas foram “suspensos”, conta o autarca. “De resto, não fizemos nem mais nem menos do que as outras autarquias. Distribuímos máscaras pela população, criámos um grupo de trabalho especial que reúne todas as semanas, temos uma articulação especial com os responsáveis dos dois lares. Mas também sabemos que mais dia menos dia temos aí a covid.”
