A Assembleia Municipal de Viana do Alentejo, no distrito de Évora, aprovou uma moção em que critica a “inoperância” e “falhas” na Extensão de Saúde de Alcáçovas e exige do Governo mais recursos para a unidade.
A moção exige que o Governo, através do Ministério da Saúde, “dote com a máxima urgência a Extensão de Saúde de Alcáçovas de recursos humanos, técnicos e físicos” para que os utentes beneficiem do direito à saúde, consagrado na Constituição da República Portuguesa (CRP).
Em comunicado enviado hoje, a Câmara de Viana do Alentejo, de maioria CDU, deu conta da aprovação, por unanimidade, da moção, apresentada pela coligação VIVA (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) na mais recente reunião da assembleia municipal, realizada no final de abril.
O documento reclama que o Governo “deverá assegurar definitivamente as condições mínimas de operacionalidade e dignidade” da extensão de Saúde desta freguesia.
Trata-se de um “serviço público essencial” para Alcáçovas, mas a freguesia tem “vivido, nos últimos anos, uma grave deficiência no atendimento médico e outros cuidados de saúde”, o que se deve a “anos contínuos de desinvestimento e de inoperância face a inúmeras falhas de recursos humanos”, nomeadamente de “médicos, enfermeiros e outros profissionais”, lê-se na moção.
Uma “realidade” que, por “várias vezes”, a junta de freguesia já demonstrou, através de diversas diligências, segundo os eleitos.
De acordo com o documento, “o rácio de médicos e outros profissionais de saúde no concelho de Viana do Alentejo tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos, havendo menos profissionais de saúde disponíveis para o mesmo número de utentes”.
“São inúmeras as queixas dos fregueses locais e, cada vez menos, os cuidados ou atos médicos prestados nesta extensão de saúde”, o que obriga os utentes a deslocarem-se ao Centro de Saúde da sede de concelho ou ao hospital de Évora ou mesmo aos privados, é acrescentado.
Os eleitos alegam também que “existem dias em que os serviços” de saúde na freguesia “já nem abrem por falta de recursos humanos”.
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central, que engloba o concelho de Viana do Alentejo, “tem conhecimento oficial desta insustentável situação”, mas não conseguiu “uma solução efetiva” para o problema, segundo a moção.
O documento estabelecia que, após a aprovação, deveria ser enviado ao Governo e ao Ministério da Saúde, assim como aos vários grupos parlamentares, Administração Regional de Saúde do Alentejo, ACES Alentejo Central e Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Viana do Alentejo.
C/ Lusa