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Amostras recolhidas no Alentejo: “pressão do pastoreio ameaça pastagens nas regiões mais secas!”

Um estudo internacional com a participação de Alexandra Rodríguez, Helena Castro e Jorge Durán, investigadores do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), agora publicado na prestigiada Science, concluiu que o aumento da pressão de pastoreio ameaça as pastagens nas regiões mais secas.

Os investigadores do Centro de Ecologia Funcional (FCTUC), co-autores deste artigo científico, recolheram e processaram amostras, em dois locais no Alentejo, concretamente nas Herdades do Freixo do Meio e da Contenta

A informação é avançada na própria Universidade de Coimbra que refere ainda que a  equipa, composta por mais de uma centena de cientistas, realizou uma monitorização global única, que incluiu 326 terras secas localizadas em 25 países de seis continentes, descobriu que o pastoreio pode ter efeitos positivos nos serviços dos ecossistemas, particularmente em zonas frias e ricas em espécies vegetais. No entanto, este impacto passa a ser negativo em climas mais quentes e com menor diversidade vegetal.

Os dados obtidos indicam também que as relações entre clima, condições do solo, biodiversidade e serviços do ecossistema medidos variam com a pressão do pastoreio.

Na nota publicada pela Universidade na sua página oficial pode ler-se «Nós usámos protocolos padronizados para avaliar os impactos do aumento da carga de pastoreio na capacidade das zonas secas de prestar nove serviços essenciais do ecossistema, entre os quais se incluem a fertilidade do solo, a produção de forragem/madeira e a regulação climática. Assim, permitiu-nos caracterizar de que forma os impactos do pastoreio são dependentes das condições climáticas, do solo e da vegetação características de cada local, e adquirir informação adicional sobre o papel da biodiversidade na provisão de serviços do ecossistema, essenciais para a subsistência do Homem» diz Fernando Maestre, investigador da Universidade de Alicante e diretor do laboratório “Dryland Ecology and Global Change” (Ecologia de zonas áridas e alterações climáticas), líder do estudo.

Fonte/Foto: Universidade de Coimbra

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