Desempenho da internet móvel é pior nas zonas rurais em Portugal
No Alentejo, os serviços de voz e de transferência de ficheiros “registam bons desempenhos globais, sendo mais visíveis diferenças entre os operadores e entre as tipologias de áreas urbanas ao nível da velocidade de transferência de dados, tanto no ‘download’ como no ‘upload’”, lê-se no estudo .
Nas áreas predominantemente urbanas do Alentejo “observam-se os melhores desempenhos, com rácios médios de sucesso no estabelecimento e manutenção de sessões de dados de 97,7%, na transferência da página ‘web’ de referência, e de 93,8% na transferência da página ‘web’ pública, com diferenças estatisticamente significativas face às restantes tipologias urbanas”.
No global, o desempenho da Internet móvel é pior nas áreas predominantemente rurais de Portugal continental, de acordo com os estudos de avaliação do desempenho de serviços móveis da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) em cinco regiões.
Com o recurso ao teletrabalho e o ensino à distância, na sequência do estado de emergência devido à pandemia da covid-19, o tema do acesso à Internet tem estado na ordem do dia, com várias queixas sobre as dificuldades de algumas regiões do país em aceder ao ‘online’.
A Anacom realizou cinco estudos de avaliação do desempenho de serviços móveis de voz e dados (Internet) e da cobertura GSM (2G), UMTS (3G) e LTE (4G) disponibilizados pela Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone Portugal no Alentejo, Algarve, Área Metropolitana de Lisboa (AML), Centro e Norte.
Globalmente, as zonas predominantemente rurais são as que têm pior desempenho no acesso à Internet móvel, face às urbanas.
No indicador velocidade de transferência de dados, “os melhores desempenhos são observados nas áreas predominantemente urbanas”, conclui o estudo realizado entre 07 e 28 de maio de 2019, tendo sido percorridos 3.539 quilómetros, dos quais 342 em testes.