O ano de 2017 classifica-se como extremamente quente, sendo o valor de temperatura média do ar cerca de +1.1 °C superior ao valor normal correspondendo ao 2º ano mais quente desde 1931 (o mais quente foi 1997), informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O ano de 2017 foi extremamente seco e estará entre os 4 mais secos desde 1931 (todos ocorreram depois de 2000). O valor médio de precipitação total anual será cerca de 60 % do normal. O período de abril a dezembro, com anomalias mensais de precipitação persistentemente negativas, será o mais seco dos últimos 87 anos.
Ao longo deste ano a conjugação da persistência de valores de precipitação muito inferiores ao normal e de valores de temperatura muito acima do normal, em particular da temperatura máxima, teve como consequência a ocorrência de valores altos de evapotranspiração e valores significativos de défice de humidade do solo. A 27 de dezembro, apesar dos valores de água no solo terem aumentado em relação ao final de novembro, são ainda inferiores a 40 % nas regiões do interior centro e do sul do país.
Ainda segundo o IPMA até ao final do mês de dezembro, e de acordo com os valores previstos de precipitação, nas regiões do norte o valor mensal ficará próximo do normal. Nas regiões da Beira Baixa, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve a percentagem em relação ao valor médio será da ordem dos 30 a 60 %.