O atual presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, eleito pelo movimento independente MuB (Movimento Unidos por Borba) não descarta a hipótese de uma candidatura, nas próximas eleições autárquicas, dizendo depois de questionado, que não está a “arrumar a casa para depois alguém a desarrumar”.
António Anselmo falou à Rádio Campanário à margem da pisgagem das talhas na adega da Sovibor, em Borba, tendo referido que “se pensarmos no trabalho que nós estamos a fazer na câmara, controle de contas e pagar em dois anos e meio, quase quatro milhões de euros para tentar equilibrar as contas (…) estou convencido que em 2017, se tudo correr bem, depois de aprovado o orçamento, que iremos aproveitar, eu ou quem vier a seguir, o Portugal 2020, assim as sanções não nos prejudique”, salientando que “Borba tem uma coisa muito engraçada, Portugal tem uma troika e Borba tem uma troika dentro da troika, daí a nossa força e a nossa vontade de trabalhar cada vez melhor e mais seguros e de que aquilo que estamos a fazer é para Borba, não por alguns borbenses, é para todos os borbenses”.
Questionado sobre se equaciona candidatar-se nas próximas eleições autárquicas, refere que “nos movimentos é mais complicado do que nos partidos. Os partidos brigam uns com os outros, mas depois unem-se. Começamos o movimento com uma discussão muito aberta, muito alargada e estou convencido que tem que ser da mesma maneira”
António Anselmo diz que ao longo do tempo de mandato se fartou de “trabalhar, de levar pontapés de todo o sítio, sou sozinho contra toda a oposição, e de um momento para o outro arrumo a casa e depois vem alguém desarrumar. Em princípio o movimento irá pensar e logo vê”.
Sobre estar implícito nas suas declarações a esta Estação Emissora, que será candidato nas próximas eleições autárquicas, o autarca refere que numa Assembleia Municipal brincou dizendo que se lhe apetecesse “ser militante do Partido Socialista, serei, concorro às eleições, ganho e vocês os quatro vão dar uma volta (…) eu penso que Borba precisa desta volta, só lamento que essa volta tenha sido dada por pessoas que conhecendo Borba, apanharam muito mais dificuldades do que estavam à espera. É muito duro termos dívida (…) “.
Voltando a insistir, sobre se vai ou não apresentar uma candidatura frisa que “se houver bom senso no movimento é evidente que terão que convidar a equipa que está a liderar esta câmara nestes quase três anos, se não o quiserem fazer, naturalmente que cá estaremos para pensar”.
De novo indagado diz que “quem percebe o que está a ser feito” (…) vê “que limpámos a sala e agora senta-se tudo na minha sala e não pode ser assim, as pessoas que escolham e que vejam. Está tudo a ser feito com muita atenção, fizemos uma única promessa em termos eleitorais, o Parque Infantil em Borba e está feito (…) dentro de pouco tempo, se tudo correr bem, iremos fazer a ligação da variante, eu queria até final deste mês, mas se calhar, em vez de ser no final de julho, será finais de agosto ou princípios de setembro porque é uma obra que faz falta, não podemos pensar em obras muito grandes, muito volumosas que não fazem falta e as pessoas do concelho de Borba percebem isso, tenho um relacionamento bastante franco com todas as freguesias, mas é evidente que ninguém consegue agradar a toda a gente (…) enquanto eu cá estiver farei aquilo que entender que é bom (…)”.