O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 21 de maio, começou por falar dos aumentos das pensões, propostos pelo Governo, para depois falar da questão da transparência na política. O social democrata ainda comentou as dificuldades orçamentais dos reguladores, para terminar a sua análise com um comentário sobre a possível dissolução da solução de governação existente.
Sobre o aumento das pensões, António Costa da Silva considera que “é sempre uma boa notícia, quando ouvimos falar de aumentos, dos pensionistas e dos reformados”, assim como “de todas as pessoas que precisam”, contudo, lamenta que “com tanta propaganda verificamos que os aumentos são marginais”.
Ao comentar a atuação da Comissão Parlamentar da Transparência que tem estado a discutir e a votar várias alterações à norma que proíbe empresas ligadas a políticos de fazerem contratos com o Estado, o social-democrata considera que a verificarem-se casos em que os políticos cometeram alguma espécie de nepotismo e “se esses casos são reais, mancham efetivamente a política e os políticos”. Contudo, acredita que “sinceramente, que a fortíssima maioria [dos políticos portugueses] está focada em cumprir a lei” e que “qualquer presidente de câmara sabe que não pode contratar um familiar direto”.
No que diz respeito às reclamações os reguladores, nomeadamente o caso do Regulador da Saúde, que ainda não contratou os 27 profissionais que pediu em abril de 2017, António Costa da Silva revela ter conhecimento de “reguladores a queixarem-se que com as cativações que tiveram do governo nestes últimos anos, ficarão limitados em realizar alguns investimentos e contratar pessoas”.
Por isso, face às declarações do líder do PS e Primeiro-Ministro, António Costa, sobre uma eventual demissão caso o Orçamento para 2019 não seja aprovado pelos partidos da Esquerda, o deputado do PSD considera que “adamos aqui com o jogo do faz de conta”, pelo que “aqueles que contribuíram para esta solução governativa, sem terem ganho as eleições, têm a obrigação de levar esta legislatura até ao final”, por isso “a carochinha vai arranjar um João Ratão entre a esquerda”.
Contudo, apesar de considerar que a aprovação do próximo Orçamento de Estado “terá impacto nos resultados eleitorais de 2019”, porque “as políticas são desastrosas”, o social-democrata reitera que o “PSD não quer cá eleições antecipadas”. Ainda assim, afirma “que António Costa é um calculista, não tenho dúvidas nenhumas” pelo que, “se sentir que tem uma oportunidade de se livrar dos seus colegas de parceria e sozinho conseguir o resultado que sonha (…) arranjará os argumentos suficientes para que isso aconteça”.