A Pandemia de covid 19 alterou a vivência de todos, não sá no nosso país, mas no mundo inteiro.
Os que se encontram na linha da frente desde o início da pandemia não baixam os braços e continuam a lutar pelas populações, pelo seu país.
A Rádio Campanário falou com o Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, Inácio Esperança, sobre o ambiente vivido no seio das corporações de bombeiros voluntários, nomeadamente as 14 do distrito de Évora, abordando igualmente os apoios que os Bombeiros tiveram, nomeadamente na aquisição de equipamentos de proteção individual e outros.
Relativamente ao comportamento perante a Covid 19, Inácio Esperança refere que a atitude dos Bombeiros das 14 corporações do distrito de Évora se mantém igual ao início de março do ano passado, uma vez que não baixam a guarda e “trabalham todos os dias como se houvesse Covid como o conhecemos em Janeiro e Fevereiro deste ano porque nunca sabemos se a pessoa que vamos socorrer tem ou não Covid, se está ou não está infetada e temos que nos proteger e proteger as outras pessoas que socorremos e que transportamos”.
Para trás ficaram lutas exigentes e experiências bastante desafiantes. Inácio Esperança conta que a primeira dificuldade sentida foi com os gastos associados aos Equipamentos de Proteção Individual, porque no início não haviam EPI’s no mercado e os valores eram avultados: “Lembro-me que no ano passado em abril chegámos a comprar fatos a 70 eur e máscaras a 2 eur. Entretanto a situação regularizou, o mercado foi inundado de produtos e os preços são mais ou menos estáveis”. O Presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Évora refere que os gastos mais evidentes em contexto de pandemia são por isso em serviços de transporte por serem sempre efetuados por dois tripulantes que estão devidamente equipados com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Relativamente à aquisição de EPI’s, Inácio Esperança mostra agradecimento pela ajuda prestada pelas Câmaras Municipais que a partir de Setembro/Outubro do ano passado forneceram, na sua grande maioria, a totalidade dos EPI’s aos corpos de bombeiros: “Agradeço o facto de as Câmaras Municipais terem uma mudança de atitude relativamente ao ano anterior (…) Recebemos já algumas coisas do hospital e da ANEPS mas o mais significativo, como é óbvio, têm sido dos municípios.