A revelação foi feita pelo próprio árbitro internacional de Borba à Hora do Café, na Rádio Campanário. Desde criança que via o futebol com uma atenção especial ao trabalho da equipa de arbitragem, pelo que aos 12 anos fez dois cartões – amarelo e vermelho – em cartolina e começou a levá-los para a escola. Haveria de os mostrar a alguns colegas quando as leis do jogo eram subvertidas. O apito também não podia faltar.
“Contrariamente a muitos dos meus colegas, eu não tenho ninguém ligado à arbitragem na família. Normalmente há sempre ascendentes. Ou foi um pai, ou um tio, ou um primo”, sublinhou Luís Godinho, assumindo que desde muito cedo começou a encarar o jogo na perspetiva de “olhar para o árbitro sempre com algum mistério”.
Não sabe explicar porquê, mas tem a certeza que foi por isso que desde os 12 anos começou a levar os cartões e o apito dos antigos – com a bolinha no meio – juntamente com os livros para a escola no interior da mochila. Lembra-se que mais tarde os mandou plastificar numa papelaria de Borba para não se estragarem. Até porque faziam muita falta à hora de arbitrar os jogos na escola.
