A falta de informação é um dos principais problemas que a APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – tenta resolver. Esta foi uma das conclusões apresentada esta segunda-feira (23), tendo esta associação lançado uma nova campanha de sensibilização com o nome “Se é vítima de crime, denuncie, não fique calado”.
Para Frederico Marques, assessor técnico da direção da APAV, afirma que “a informação não chega ou pelo menos não chega na quantidade e na qualidade desejáveis aos cidadãos comuns e, principalmente, às vítimas de crime”, dizendo ainda que a “APAV tem vindo ao longo dos últimos anos a fazer uma aposta cada vez maior nesta área da informação e temos vindo a criar um conjunto de materiais que permitam chegar cada vez mais às vítimas de crime”.
Se pretender apresentar queixa ou saber aquilo que deve fazer para obter proteção poderá consultar a nova plataforma informática que está disponível em www.infovitimas.pt que segundo Frederico Marques este site “pretende informar de forma dinâmica e interativa sobre os direitos das vítimas de crime, abordando o funcionamento do sistema judicial. Será apresentada uma nova app para dispositivos móveis, gratuita, que vai facilitar o acesso à informação. Nesta app poderá encontrar informação sobre o processo crime, os seus direitos e os serviços que lhe podem prestar apoio”.
“Queremos que as vítimas de crime estejam mais bem informadas sobre os seus direitos, acerca da forma como o processo penal se passa, dos intervenientes no processo e acerca dos serviços que devem recorrer caso sejam vítimas de crime. Tudo isto numa linguagem muito fácil e de forma a desconstruir os jargões jurídicos que muitas vezes assustam as pessoas” refere o assessor técnico da direção da APAV.
Questionado sobre a ausência de sedes distritais da associação de apoio à vítima no Alentejo, Frederico Marques argumenta que o problema não é da APAV uma vez que é uma organização não-governamental com poucos fundos, mas sim das próprias autarquias que não estabelecem parcerias locais dizendo que “através de um protocolo que envolve também financiamento nos permitiria estar presentes e prestar apoio presencial aos munícipes”.
A linha de apoio à vítima tem o número: 707 20 00 77