Divulgado no final do ano de 2018, o Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal referente ao ano de 2017, elaborado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), sintetiza a informação mais relevante referente à caraterização do setor no ano de 2017, e revela, entre outros indicadores, os níveis de água não fatura de todos os concelhos do país.
No que diz respeito à análise comparada dos concelhos alentejanos, aos quais foram agregados os algarvios, em termos de desperdício de água, apenas dois concelhos, Santiago do Cacém e Campo Maior, têm níveis de água não faturada inferiores a 20%, com 15,9% e 11,4%, respetivamente.
As perdas de água agravaram-se em ano de seca, apesar das medidas de poupança que os autarcas e as entidades gestoras dos sistemas de abastecimento anunciaram por todo o país, metade dos concelhos (48,2%) piorou o seu registo em 2017. Feitas as contas, o volume de água não faturada em Portugal seria suficiente para encher 281 piscinas olímpicas por dia.
No que diz respeito aos restantes concelhos alentejanos, existem ainda cinco concelhos com perdas inferiores a 30%, nomeadamente Elvas, com 25,8%, Arraiolos, com 27,2%, Montemor-o-Novo, com 28,1%, Évora, com 21% e Beja com 29,9% de água não faturada.
No gráfico disponível no relatório da ERSAR, podemos ver ainda que apenas o Município de Campo Maior, cujo abastecimento de água está a cargo da Aquamaior, aparece sinalizado com uma “qualidade do serviço boa”, em toda a região. Por outro lado, os concelhos de Monforte, Sousel e Vila Viçosa aparecem sem dados para esta avaliação.