Grande parte do trabalho da Equipa de Apoio Psicossocial do Baixo Alentejo é feito ao domicílio. Muitos dos doentes, com mobilidade reduzida e com necessidade de cuidados paliativos preferem ficar perto da família, segundo avança a Tvi 24.
“Foi a melhor coisa que aqui me caiu”, refere a Dona Antónia, de 74 anos e reformada, depois de uma vida passada a cuidar de utentes em lares da terceira idade na região de Aljustrel.
Antónia tornou-se também cuidadora do seu marido, que por causa de um acidente ficou impedido de trabalhar no campo. Elisiário, agora com 79 anos, está completamente dependente dela. “É muito difícil, mas a equipa Beja Mais ajudou-me muito. E, agora, também estas meninas”, diz, referindo-se à assistente social Luísa Bexiga e à psicóloga Joana Casimiro, da Equipa de Apoio Psicossocial do Baixo Alentejo.
“Estou aqui sempre sozinha com ele e é bom ter com quem conversar. Às vezes não sei o que fazer, se tenho algum problema ou alguma dúvida telefono-lhes e ajudam-me sempre. Ele também gosta. E quando ele está contente, eu também estou, não é?” Apesar das dificuldades, Antónia faz questão de continuar a cuidar do marido: “Enquanto eu puder fazer não o meto no lar”, garante.
A Equipa de Apoio Psicossocial do Baixo Alentejo foi criada após a candidatura ao Programa Humaniza – Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas, um programa da Fundação La Caixa/BPI que, desde 2018, intervém na área dos cuidados paliativos, entre outras coisas apoiando a criação de Equipas de Apoio Psicossocial que complementam o trabalho das unidades já existentes.
Fonte:Tvi24